terça-feira, 23 de abril de 2024

Fissuras do campo político bolsonarista


Por ARMANDO BOITO*
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O campo político bolsonarista é socialmente heterogêneo, policlassista, e por isso repleto de contradições. A sua unidade não é tão sólida quanto pode parecer

O movimento e o campo político neofascista

A política brasileira entrou numa fase nova a partir de 2015, quando se iniciaram as grandes manifestações de rua pela deposição de Dilma Rousseff. Tendo a classe média, e principalmente a sua camada superior como a principal força motriz desse movimento, ele foi, contudo, dirigido pela grande burguesia associada cujo propósito era restaurar a hegemonia política que perdera com os governos do PT.

Um "inimigo comum" coletivo agora persegue a espécie humana



Assassinos em série psicopatas, utilizando os seus vastos recursos financeiros, políticos e mediáticos, estão inexoravelmente a pôr em prática uma agenda homicida de despovoamento global.

Stephen Karganovic [*]

Yuval Harari, o porta-voz de Klaus Schwab, fez recentemente uma declaração que deveria causar arrepios na espinha de toda a gente. "Se o pior acontecer e o dilúvio chegar", disse Harari, ele e a cabala de mestres mundiais obscuros com ideias semelhantes "construirão uma Arca e deixarão o resto afogar-se".

Chegou a hora!


Por FLÁVIO AGUIAR*
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José Cardoso Pires e o 25 de abril

“É a hora!” (Fernando Pessoa, em Mensagem).

1.

Em meados de 1975 o novo governo português enviou uma missão de escritores ao Brasil para “explicar” o que fora a Revolução dos Cravos, o 25 de abril. Eram cinco ou seis escritores que percorreram universidades e outras instituições culturais brasileiras.

Imperialismo sexual revisitado

Fontes: Rebelião - Imagem: Cidade próxima a uma base militar dos EUA na Coreia do Sul, c. 1965. Foto: Publicação Green Bee.


A prostituição forçada é uma característica típica de locais onde está instalada uma base militar dos Estados Unidos.

No meu relatório à Comissão Histórica do Conflito Armado e suas Vítimas, utilizei o conceito “imperialismo sexual” que começou a ser citado em vários lugares do mundo ao me referir às agressões e violências sexuais perpetradas pelos Estados Unidos onde quer que queira . que as suas forças armadas sejam estabelecidas. Esta noção faz parte da herança crítica do pensamento antiimperialista. Quando a utilizamos, sugerimos que o imperialismo se manifesta nos vários níveis da vida social (econômico, político, ideológico, cultural, racial, ecológico...), incluindo a apropriação, a pilhagem e a mercantilização sexual de corpos, principalmente de mulheres jovens. pessoas, dos lugares que estão submetidos. Esta pilhagem sexual começa no próprio país imperialista (e focamo-nos nos Estados Unidos, embora não seja o único caso) onde os seus militares violam os seus próprios companheiros de armas. Com efeito, em 2021, o Pentágono informou que, desde 2006, tinham sido relatados vinte mil casos de agressão sexual contra membros das forças armadas dos Estados Unidos por outros militares. Os agredidos são jovens, heterossexuais, mulheres e membros de minorias sexuais.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

O sionismo se autodestruirá?

© Foto: Redes sociais

Alastair Crooke

A estratégia de Israel das últimas décadas continuará com a esperança de alcançar alguma “desradicalização” transformativa quimérica dos palestinianos que tornará “Israel seguro”.

(Este artigo é a base de uma palestra a ser proferida no 25º Evento Acadêmico Internacional sobre Desenvolvimento Econômico e Social de Yasin (abril), Universidade HSE, Moscou, abril de 2024)

Uma grande transferência de riqueza está em andamento: Como o Ocidente perdeu o controle do mercado do ouro



Henry Johnston [*]

O poder de fixar preços num mercado desde há muito dominado pela moeda institucional ocidental está a deslocar-se para Leste e as implicações são profundas.

O preço do ouro tem subido ultimamente para uma série de novos máximos históricos, um desenvolvimento que tem recebido apenas uma atenção superficial nos media financeiros mainstream. Mas, tal como se verifica atualmente com muitas outras coisas, há muito mais a acontecer do que parece. De facto, a ascensão do preço do ouro em dólares é quase o aspeto menos interessante desta história.

Deus, um delírio ( gota 12 )

RICHARD DAWKINS

Deus, um delírio
COMPANHIA DAS LETRAS
Tradução Fernanda Ravagnani

9. Infância, abuso e a fuga da religião


Há em cada cidade uma tocha – o professor; e um extintor – o padre
Victor Hugo

Começo com um caso da Itália do século XIX. Não estou insinuando que qualquer coisa parecida com essa história terrível possa acontecer hoje. Mas as posturas mentais que ela demonstra são lamentavelmente atuais, mesmo que os detalhes factuais não sejam. Essa tragédia humana oitocentista denuncia sem dó as atitudes religiosas de hoje em dia em relação às crianças.

Desafio do bolsonarismo e o papel da esquerda

Sérgio Lima/Poder360

Ato em Copacabana foi mais fraco do que se pensava, mas expôs com mais nitidez o ímpeto eleitoral da direita – e sua tática para outubro. Há tempo de evitar a ameaça, mas o governo e os partidos progressistas precisam mudar sua atitude

O bolsonarismo realizou um novo ato público neste domingo (21), em Copacabana, no qual houve uma quase repetição das falas e do conteúdo mostrado em outro evento, o da Paulista, em 25 de fevereiro. Mas também chamou atenção, desta vez, uma atenção mais pronunciada para as eleições municipais.

Não que o assunto tenha passado batido no ato da Paulista. Na ocasião, Michelle Bolsonaro buscou legitimar a união entre religião e política e seu marido falou que “[em] 2024 temos eleições municipais. Vamos caprichar no voto, em especial, para vereadores.” Ali a fala do ex-presidente evidenciava uma das prioridades táticas da extrema direita e do campo conservador: eleger o máximo possível de candidatos à Câmara Municipal neste ano.