domingo, 14 de maio de 2017

Trabalhador pilhado

 (Charge: Valdo Virgo/Reprodução/CUT)

Por Leomar Daroncho

A disputa pelo título de pilha mais durável do mercado já rendeu até demanda judicial entre as marcas Duracell e Rayovac.

O sonho de consumo do mercado, agora, é o trabalhador, acessível, flexível, disponível e com energia inesgotável para a labuta. A modernidade, anunciam os arautos da “reforma trabalhista”, é dada pela disponibilidade para as longas jornadas, se possível, sem pausas, e pelo trabalho intermitente. Mas tudo seria negociado. Seria uma “conquista”. Genuína expressão da autonomia do trabalhador independente, liberado da opressão dos parâmetros da Lei e da proteção do Estado.

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