Dario Messer. Foto: Reprodução (OGLOBO)
Jornal GGN - Os doleiros presos na fase da Lava Jato do Rio deflagrada nesta quinta (3) já foram citados nas operações Satiagraha, Castelo de Areia, Banestado e caso Siemens. Mais de 40 mandados de prisão cumpridos pela Polícia Federal foram autorizados pelo juiz Marcelo Bretas.
Segundo as informações divulgadas nesta manhã, a operação surgiu a partir da delação premiada de Vinicius Claret, mais conhecido como Juca Bala, um doleiro utilizado pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral.
O Estadão acrescentou que Alberto Youssef já havia dito que o líder do grupo e principal alvo da operação, Dario Messer, é o "doleiro dos doleiros."
Parceiros de Messer no mercado paralelo, os Matalon, cujo patriarca Marco Matalon é um dos "mais conhecidos doleiros de São Paulo", foram alvos da operação. A família foi investigada na Satiagraha por suspeita de ser atuado para Naju Nahas. O caso foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo a operação "Câmbio, Desligo", a família Matalon movimentou 100 milhões de dólares entre 2011 e 2017. É o aponta a delação de Juca Bala.
"Outro alvo da operação de pedido de prisão por parte do MPF é o doleiro Marco Antônio Cursini. Alvo do caso Banestado, Cursini assinou um acordo de colaboração premiada que deu origem á operação Castelo de Areia. A investigação, anulada pelo Superior Tribunal de Justiça, investigou a construtora Camargo Coorrêa e foi a primeira a descobrir o cartel de empreiteiras depois alvo da Lav Jato. De acordo com Juca Bala, o doleiro teria voltado a atuar no mercado de câmbio paralelo em 2010", escreveu o Estadão.
O Estadão divulgou em 2013 uma matéria dizendo que Cursini foi condenado em 2009 "a uma pena de 3 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação no caso Banestado. Foi beneficiado com redução de pena em delação premiada. Ele revelou clientes e pagou indenização significativa, R$ 4 milhões ao todo, por imposição da Justiça Federal no Paraná e em São Paulo."
Entre os alvos de pedido de prisão da “Câmbio, Desligo” também está o doleiro Raul Srour, que foi preso na primeira fase da Lava Jato, em março de 2014. "Srour também foi alvo do caso Banestado e recebeu dinheiro da conta secreta aberta por ex-diretores da Siemens em Luxemburgo", apontou o jornal nesta quinta (3). Há suspeita de que a conta tenha servido para pagar agentes públicos.
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