Na semana passada, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará, o deputado Carlos Bordalo (PT), foi agredido pelo deputado federal Éder Mauro (PSD-PA) durante uma sessão sobre a chacina que resultou na morte de 10 trabalhadores sem-terra no dia 24 de maio em Pau-D’Arco.
O deputado Carlos Bordalo, juntamente com a Comissão de Direitos Humanos, está investigando o massacre em Pau-D’Arco e o envolvimento da polícia paraense nas execuções. As agressões ocorreram quando a sessão recebeu uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados para prestar informações sobre a chacina.
O deputado fascista, Éder Mauro, tratou de agredir o presidente da Comissão que teve que ser retirado do local. Ele também é conhecido por simular a prisão do ex-presidente Lula em “coxinhato” realizado em 2015 na capital Belém.
O comportamento do deputado fascista em defesa dos policias que executaram os trabalhadores sem-terra é uma regra. O deputado é ex-delegado, integrante da bancada da bala e conhecido no Estado do Pará como “matador de pobres”.
Existem diversos processos contra o deputado por tortura, extorsão e tentativa de forjar flagrante. As principais acusações e que tramitam na justiça são de tortura de um pai e seu filho, de apenas 9 anos, no ano de 2009.
Outra acusação envolve parlamentares, policiais e um juiz para torturar uma mulher. Segundo o Ministério Público, o deputado Éder Mauro e mais cinco policiais agrediram e ameaçaram de morte com armas na cabeça, uma mulher e seus dois filhos. O juiz do município, Augusto Cavalcante, possui uma dívida com essa mulher, e pediu para o ex-delegado e seus capangas armarem uma emboscada. Segundo o MP, houve “intensa sessão de espancamento” e “violento sofrimento físico e mental, conforme comprovado pelo exame de corpo de delito realizado nas vítimas”.
Esses são apenas os crimes que houveram registros e foram encaminhados para o judiciário. Que apesar das provas e dos depoimentos foram arquivados ou estão engavetados, revelando um conluio entre a polícia e o judiciário. Esse comportamento fascistóide, chamado de “matador de pobres” é comum dentro das corporações policias, onde atacam duramente a classe trabalhadora da periferia da cidade e do campo em defesa das oligarquias locais.
O comportamento covarde da direita fascista é típico, assim como Bolsonaro e outros policiais que viram parlamentares (exemplo de Conte Lopes e Coronel Telhada em São Paulo), querem se passar de justiceiros e matadores de “bandidos”. Mas se verificarem os crimes cometidos por estes, as vítimas não passam de trabalhadores e pobres. São verdadeiros covardes que se apoiam na estrutura do Estado e da polícia para cometer seus crimes.
Éder Mauro é somente mais um exemplo do verdadeiro papel da polícia de servir e proteger a burguesia e os latifundiários, e atacar duramente a população pobre e trabalhadora.
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