sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Tchau Querido

          Celeste Silveira 

Moro é carta fora do baralho.

Se vai sair do país ou ficar vagando como uma alma penada em busca de uma melancólica imagem do ex-herói dentro das redações da grande mídia, o vingador de Curitiba pode estar fazendo uma outra aposta furada.

A jornalista Monica Waldvogel, num desabafo surpreendente no programa Em Pauta, na Globonews, diante de seus colegas, não economizou palavras para espinafrar Moro, atribuindo a ele uma perseguição política ao PT e sua adesão e participação decisiva para Bolsonaro chegar ao poder.

A moça não escolheu palavras para dar um passa-moleque em quem um dia lhe serviu como parâmetro de um juiz herói.

A Lava Jato era só para o PT. Doleiros saíram da Lava Jato livres e com o dinheiro lavado. PSDB, não foi incomodado.

O problema do judiciário no Brasil é que a maioria dos juízes não tem talento para fazer justiça e, por isso, eles só pensam em fazer carreira. (grifo de quem replica este texto, sem autorização do autor)

Lula, ainda presidente, passou o chapéu num jantar dentro do Alvorada para empresários doarem R$ 7 milhões para seu instituto? Não, esse foi FHC. A Lava Jato investigou essa imoralidade? Não. Investigou o Instituto de Lula que jamais usou seu cargo como presidente ilegalmente para pedir doações.

O que está de ilegal no Google sobre o instituto de FHC que Moro proibiu Dallagnol de ler.

“No jantar, a Folha apurou que Fernando Henrique Cardoso disse que irá precisar da contribuição dos empresários para manter o instituto. Ele afirmou que será criado um fundo específico para cuidar das finanças da ONG. Muitos dos empresários presentes ao jantar já deram uma contribuição inicial para o instituto.

Estiveram presentes ao jantar, entre outros, Lázaro Brandão (Bradesco), Pedro Piva (Klabin), Benjamin Steinbruch (CSN), Emílio Odebrecht (Odebrecht), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau), Kati Almeida Braga (Icatu), David Feffer (Suzano) e Ricardo Espírito Santo (grupo Espírito Santo).

De acordo com o que a Folha apurou, dois jantares já estão programados para as próximas semanas. As listas dos convidados ainda estão em fase de elaboração.

Painel – São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002″

O fato é que Moro, que foi desmascarado pela Vaza Jato do Intercept, usou a PF do governo Bolsonaro para escaramuçar a vida do jornalista Glenn Greenwald na tentativa de expulsá-lo do país. Não conseguiu. Glenn permanece no Brasil. Moro, desmoralizado, é quem vai embora.

Tchau querido!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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