quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

A ânsia do TRF4 em julgar Lula prova a falta de vocação democrática da direita brasileira



Ouvem-se de ontem para hoje vozes de atores políticos a se regozijarem com a iniciativa malandra do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de marcar o julgamento das apelações contra a sentença condenatória de Lula no caso do Triplex do Guarujá para o dia 24 de janeiro. Festejam a matreirice como quem festeja a anunciada condenação do ex-presidente, já certa e uma garantia de sua exclusão das eleições de 2018.

Ao mesmo tempo, abundam os editoriais do mau jornalismo desinformações e deformador de O Globo, Folha de S.Paulo et caterva, todos elogiando o tribunal por sua incomum "celeridade".

Pedro Parente trabalha para tornar a Petrobras irrelevante, por Luis Nassif


Luis Nassif
https://jornalggn.com.br/

Acompanhei o trabalho de Pedro Parente como Chefe da Casa Civil no apagão e durante quase todo o governo FHC. Sempre o tive em alta conta, como um funcionário público exemplar. E estava esperando baixar a espuma para avaliar melhor seu trabalho à frente da Petrobras. Até que ponto a venda de ativos buscaria uma melhora no perfil de endividamento da Petrobras ou um enfraquecimento mortal.

Nessas discussões políticas, evito julgamentos morais baseados em pressupostos ideológicos: o que pode ser erro para uns, pode ser acerto para outros, desde que ambos procurem o melhor para o país.

Antecipação do julgamento do Lula é a quintessência do regime de exceção

Ricardo Stuckert


A decisão de acelerar o julgamento do ex-presidente Lula em segunda instância é a quintessência do regime de exceção e do terrorismo jurídico instalado no Brasil.

O julgamento do Lula terá um trâmite totalmente excepcional, muito mais rápido que o ritmo normal de julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região [TRF4], que em média consome 14,5 meses para proferir sentenças de segunda instância.

Lula não para de crescer: vale tudo para abatê-lo

Ricardo Stuckert


O fato de uma ou outra decisão judicial, uma ou outra ação policial poder mencionar, a seu favor, o arrimo, formal nalgum dispositivo legal, não as protege com o diploma da legitimidade, nem da justeza, nem as salva do peso da ilicitude, quando a isenção se aparta do julgador e a condenação do suspeito ou acusado escolhido a dedo para ser acusado e condenado torna-se mais importante do que a busca da justiça. E, ainda, o aparato judicial assume a política e passa a geri-la, não exatamente como sujeito, mas simplesmente cumprindo o papel de despachante dos interesses do mercado financeiro – o qual, segundo importante colunista de O Globo, portanto alta autoridade nestes temas, reage positivamente à possibilidade de defenestramento da candidatura Lula, o imperativo categórico das forças dominantes.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A volta dos cascateiros!, por João Feres Júnior


A volta dos cascateiros!

por João Feres Júnior

Outro dia ouvia o programa de jornalismo-comédia de Seth Meyers quando ele anunciou que os senadores republicanos se apressavam para passar uma reforma tributária que vai cortar os impostos das grandes empresas e dos muito ricos, enquanto aumentará o imposto pago pela classe média e pelos pobres no médio prazo. Trump trombeteia em seu estilo histriônico e oligofrênico que a redução dos impostos proposta por seu partido será enorme, a maior de todos os tempos, escondendo o fato de que ela é altamente regressiva – ainda por cima cancela um imposto que é fonte de financiamento do programa de saúde de Obama, deixando milhões sem assistência médica. 

Golpe no TRF-4 – De Gaulle ensina como responder à Globo: vá para o pau, Monsieur Lula!


Imagem/Camila Govedice

Escrito por Wellington Calasans

Colocados nas cordas pelo escândalo de corrupção na FIFA e pelas revelações bombásticas de Tacla Durán Globo e Lava Jato, respectivamente, tentam um último contra-ataque desesperado: criar um fato político com a antecipação para janeiro próximo do julgamento pelo TRF-4 do recurso do ex-Presidente Lula no processo do triplex. Evidentemente, trata-se de uma “fuga pra frente”. Uma tentativa açodada de retomar o controle da pauta política e da narrativa, hoje perdido para Lula e a sua clara perspectiva de poder (e.g., pesquisas, defecções de políticos (antes) “golpistas”, em Brasília e nos estados, caravanas, etc.).

A Justiça, lebre para Lula; tartaruga para os bancos

lebre1


Quem ainda achar que a Justiça trata a todos com isonomia, olhe para as principais manchetes dos jornais de hoje.

Numa, depois de 26 anos de serem tungados pelo Plano Collor 2 (1991) e por outros que o antecederam, uma multidão de poupadores – 60% deles com valores de menos de R$ 5 mil, o que não os torna, nem de longe, especuladores ou “investidores” – aceitam um acordo para receber na Justiça aquilo que foi expurgado de suas pequenas economias.

Da importância vital de Lula enquanto mediador da nossa democracia, por Eduardo Ramos


Da importância vital de Lula enquanto mediador da nossa democracia

por Eduardo Ramos

Os que frequentamos o mundo da blogosfera ou os que a ignoram e seguem a grande mídia, todos sabemos: de certo modo, um homem catalisa sobre si todos os olhares, seja imaginando como detê-lo e a seu carisma único, evitando um revertério no golpe e no projeto de destruição de todo o seu legado, um Brasil menos injusto e mais soberano, projeto que inclui o fatiamento e a entrega de nossas riquezas além do desmonte absoluto do Estado enquanto agente de bem estar social, seja através de olhos esperançosos, para que através dele e sua capacidade quase infinita de negociador, seja interrompido esse processo perverso, selvagem, que nos arrasta inapelavelmente para um Estado de exceção, um Brasil de Moros e Bretas, um Brasil de Erikas Marenas e Dallagnols, um Brasil jogado na barbárie da sanha de seus agentes públicos, um Brasil definitivamente guiado pela Globo e seus parceiros nacionais e internacionais.