segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Fascismo e Sociedade Brasileira: uma relação sadomasoquista, por Armando Coelho Neto

          Imagem Boitempo

Fascismo e Sociedade Brasileira: uma relação sadomasoquista

por Armando Rodrigues Coelho Neto

Duas mãos invisíveis estão por trás desse texto, que por circunstâncias assino sozinho. Nada estranho num país em que mãos invisíveis parecem estar por trás de tudo, no qual nada é bem o que é...

Em tom jocoso, o site "Sensacionalista" publicou matéria segundo a qual o governo federal havia criado o "Ministério do Recuo", mas teria voltado atrás.

O que podemos aprender com Cesare Battisti?

Reuters


Não restam dúvidas de que a extradição de Cesare Battisti teve absoluta conotação político-ideológica. Naquela distante Itália dos anos 70 o que se via não era democracia, mas uma luta aberta e repressiva da direita contra uma esquerda (liderada pelo PCI) que insistia em obter vultosas vitórias nas urnas das mais importantes cidades daquela península.

A violência da direita foi respondida por segmentos armados da esquerda. Foram os "anos de chumbo" da Itália. No meio desse fogo cruzado um jovem comunista levantou armas contra a direita. Era Cesare Battisti.

A quem interessa uma intervenção na Venezuela?



Acabo de voltar da Venezuela, onde participei, como presidenta do PT e a convite do governo eleito, das solenidades de posse do presidente Nicolás Maduro. Não me surpreendi com o ataques e reações por parte de quem não compreende princípios como autodeterminação e soberania popular; quem não reconhece que partidos e governos de diferentes países podem dialogar respeitosamente.

Por várias razões, os problemas internos da Venezuela, econômicos, sociais e políticos, têm sido motivo de pressões externas indevidas que só agravam a situação interna. Mas a posse de Maduro em seu segundo mandato desatou um movimento coordenado de intervenção sobre a Venezuela, patrocinado pelo governo dos Estados Unidos e referendado por governos de direita na América Latina, entre os quais se destaca, pela vergonhosa subserviência a Donald Trump, o de Jair Bolsonaro.

domingo, 13 de janeiro de 2019

O coronel que virou suco

REUTERS/Ueslei Marcelino


Não é agradável redigir obituário político de ninguém. É, na verdade, uma tarefa inglória, triste, de pesar. Quando um político morre, em geral, presta-se condolências à família, destaca-se o legado – concordando-se ou não com ele – e respeita-se o último suspiro de alguém, que bem ou mal, viveu o seu tempo.

O Brasil está em um momento especial para enterrar os seus mortos. É uma questão geracional, não ideológica. E também não é em função da ascensão do fascismo contemporâneo brasileiro, encarnado na vitória eleitoral discutível – porque rodeada de suspeitas de fraude – de Jair Bolsonaro.

China à frente dos Estados Unidos no desenvolvimento de armas eletromagnéticas


A China pode se tornar a primeira potência no mundo a instalar as armas mais recentes conhecidas como railgun no convés de seu navio de guerra .


Há alguns dias, foi relatado que o Exército da República Popular da China supostamente testou algo semelhante a um railgun a bordo do navio de guerra Haiyangshan, que deixou o rio Yangtze e foi testado no Oceano Pacífico. Se você acredita nesses dados, então a China realmente deixou para trás os Estados Unidos e se tornou o primeiro país do mundo a realizar testes de railgun na água. No entanto, esta questão ainda está em aberto, porque a informação não encontrou confirmação oficial.

NOVO DOCUMENTÁRIO SOBRE 'FACADA' REFORÇA SUSPEITAS E NECESSIDADE DE APURAÇÃO



Mais um vídeo produzido pelo ‘True or Not’ chama a atenção para outras perguntas sem respostas que se acumulam em torno da ‘facada’ sofrida pelo então candidato à presidência da república Jair Bolsonaro; desta vez, o vídeo destaca a presença do ‘homem da camiseta azul’, que tentou evitar a aproximação de Adélio ao candidato e que teve seu depoimento suprimido pelas investigações; as novas imagens divulgadas – com nitidez impressionante – corroboram a tese de que houve uma ação deliberada que contou com vários participantes e que houve mais de uma tentativa de ataque, antes da ‘facada’ propriamente dita; pode-se ouvir a frase: “calma, tem que ter paciência”; veja o vídeo

O dilema entre ser “bobo” da corte da direita e o de achar que é rei

         POR FERNANDO BRITO 


Oito dias “fora do ar”, olhando de longe as notícias, escapei de comentar as presepadas da semana do – vá lá o exercício de boa-vontade – governo Jair Bolsonaro.

A nítida impressão que se tem é a de que dois núcleos se esforçam para manter o presidente “dentro da casinha” e fazê-lo (e aos filhos e siderados que acompanham a família) se convencerem que podem tudo, menos arranjar problemas para o processo de liquidação da soberania nacional e dos direitos sociais.

Um fascista é, antes de tudo, um macho assustado



Em suas primeiras palavras como presidente, Jair Bolsonaro apontou a “ideologia de gênero” como o principal inimigo, e sua ministra Damares Alves prometeu meninos de azul e meninas de rosa. O binarismo de gênero, embora continue dominante, é percebido como uma ameaça: como o bolsonarismo o transformou no grande laboratório de sua restauração conservadora?

A reportagem é de Gabriel Giorgi, mestre em Sociosemiótica pela Universidad Nacional de Córdoba e doutor em Spanish and Portuguese pela New York University, onde atualmente é professor, publicada por Página/12, 11-01-2019. A tradução é de André Langer.

Em um ato de festiva declaração de guerra, Damares Alves, a nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Governo de Jair Bolsonaro, anunciava que “no Brasil, começa uma nova era: menino veste azul e menina veste rosa”, diante do aplauso e da excitação dos presentes. Ela disse isso em um tom infantilizado: como aquele inesquecível “queremos papai e mamãe” aclamado em nossas ruas por sessentões e sessentonas durante o debate sobre o casamento igualitário, aqui a nova ministra – na ocasião pastora evangélica – também ativa a infância como teatro da restauração conservadora.