Os governos da Itália e da China assinaram neste sábado (23) um acordo pelo qual Roma participará no megaprojeto chinês das Novas Rotas da Seda, que tem despertado preocupações da União Europeia e dos Estados Unidos
247, com AFP - Os governos da Itália e da China assinaram neste sábado (23) um acordo pelo qual Roma participará no megaprojeto chinês das Novas Rotas da Seda, que tem despertado preocupações da União Europeia e dos Estados Unidos.
A Itália é o primeiro país membro do G7 a integrar o megaprojeto de infraestruturas marítimas e terrestres que a China lançou em 2013.
Diante do presidente chinês Xi Jinping e do primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento da China, He Lifeng, e o ministro italiano do Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio, assinaram o documento.
Durante a cerimônia, 29 contratos ou princípios de acordo foram assinados, em sua maioria institucionais e os demais com empresas.
De acordo com a imprensa italiana, os acordos representam investimentos de entre cinco e sete bilhões de euros - que podem chegar a 20 bilhões de acordo com o jornal econômico Il Sole 24 Ore -, no momento limitados aos portos estratégicos de Gênova e Trieste.
Também foram assinados contratos com o grupo Ansaldo para a fabricação de turbinas e com o grupo Danieli para a construção de uma usina siderúrgica no Azerbaijão por 1,2 bilhão de euros.
Os acordos preveem ainda a abertura do mercado chinês às laranjas italianas, um acordo entre o gigante chinês do turismo Ctrip com os aeroportos de Roma, a empresa de ferrovias Trenitalia e o museu Ferrari de Modena, além de colaborações entre TVs públicas e agência de notícias dos dois países.
"Com este protocolo de acordo, somos conscientes de que além da oportunidade também existe o risco", afirmou o secretário de Estado italiano de Economia, Michele Geraci, um fervoroso defensor dos investimentos da China e que foi professor no país asiático por 10 anos.
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