quinta-feira, 9 de maio de 2019

Coaf é “só a primeira” das derrotas que Moro vai saborear enquanto ministro

Quando Moro é citado em rodas de conversa em Brasília, não se fala em outra coisa que não impor derrota atrás de derrota aos projetos que mais interessam à estrela da Lava Jato, diz colunista



Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Mesmo abrindo o gabinete para conversar com parlamentares, e deslocando-se até o Congresso para defender a manutenção do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) na pasta de Justiça, o ministro Sergio Moro acabou derrotado na votação da comissão mista especial que analisada a Medida Provisória que reorganiza a estrutura do governo segundo os critérios de Jair Bolsonaro.

A MP 870/2019 foi aprovada não com uma, mas duas derrotas para o governo: além de Moro perder o Coaf, que volta para o Ministério da Economia, a ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, perdeu a Funai na íntegra (não esquartejada entre mais de um ministério) para a Justiça.

No caso de Moro, a derrota é “só a primeira” de muitas que ele deve saborear, se depender do Congresso. Segundo a Folha, partidos de oposição (esquerda) e alguns ao centro e até mesmo à direita se uniram para tirar o Coaf do ex-juiz. Lauro Jardim, em O Globo desta quinta (9), acrescentou que, nos bastidores do Congresso, quando Moro é citado, não se fala em outra coisa que não impor derrota atrás de derrota aos projetos que mais interessam à estrela da Lava Jato.

“O objetivo de enfraquecer o ministro mais popular do governo está em todas as conversas de bastidores sobre ele no Congresso”, anotou Jardim.

Além da questão indígena e do Coaf, o governo Bolsonaro sofreu derrotas em outras definições. Reportagem da Agência Senado mostra como a MP foi aprovada. Agora, ela deve ser discutida nos plenários da Câmara e Senado, onde ainda pode passar por mudanças.


A manutenção do Coaf no Ministério da Economia foi defendida por associação de auditores fiscais, em artigo publicado hoje pelo GGN.

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