sábado, 10 de agosto de 2019

Na Veja, Toffoli diz que impediu um golpe e se revela babá de Jair, um incapaz com fixação em cocô. Por Kiko Nogueira

Publicado por Kiko Nogueira

Toffoli na capa da Veja

O presidente do Supremo resolveu se vender na Veja como fiel da balança de governo vagabundo e que pode cair a qualquer minuto se ele, Dias Toffoli, não fizer nada.

Em matéria de capa, ele conta que impediu um golpe de estado entre os meses de abril e maio.

Sim, um golpe.

Segundo o próprio, na versão repetida pela revista, “sua atuação foi fundamental para pôr panos quentes numa insatisfação que se avolumava”.

“A combinação explosiva envolvia uma rejeição dos setores político e empresarial e até de militares ao presidente Jair Bolsonaro”, relata a Veja.

Quem??

“O STF deve oferecer soluções em períodos de crise”, afirma, magnânimo.

Um trecho descreve o cenário:

Uma ala do Exército começou a discutir a incapacidade do presidente de governar, enquanto outra, mais radical e formada por militares de baixa patente, falava em uma sublevação contra as “instituições corruptas”. Um dos generais próximos ao presidente chegou a consultar um ministro do Supremo para saber se estaria correta a sua interpretação da Constituição segundo a qual o Exército, em caso de necessidade, poderia lançar mão das tropas para garantir ‘a lei e a ordem’. Em outras palavras, o general queria saber se, na hipótese de uma convulsão, teria autonomia para usar os soldados independentemente de autorização presidencial.

O general, deduz-se, é Santos Cruz, que acabou demitido por pressão de Carlos Bolsonaro. Carluxo, portanto, estava correto.

Toffoli aparece como salvador da pátria, costurando o tal pacto de governabilidade.

“Quando o caldo ameaçou transbordar, o presidente Bolsonaro, o ministro Dias Toffoli, o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e o senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado, além de autoridades militares, se reuniram separadamente mais de três dezenas de vezes para resolver o problema”, afirma a Veja.

Ele explica seu papel com uma metáfora hortifrutigranjeira:

“Não é incomum que a autoridade de um presidente da República seja posta em xeque, testada logo no início do governo. E foi o que aconteceu. O presidente Bolsonaro também recorreu às ruas para reafirmar sua autoridade. Isso causou algum tipo de estranhamento. Tive várias conversas com parlamentares e meu foco foi sempre reforçar que o presidente foi legitimamente eleito, tem a respeitabilidade de quem recebeu 57 milhões de votos e seus projetos e programas precisam ser vistos com esse potencial. Foi uma mudança radical de perfil. Imagine o governo como um caminhão transportando melancias. Tem melancia que rola para a direita, outras para o lado esquerdo e algumas vão cair do caminhão. Aliás, já caíram. Isso acontece em todo início de governo.”

Mais:

“O Supremo deve ter esse papel moderador, oferecer soluções em momentos de crise. Estávamos em uma situação de muita pressão, com uma insatisfação generalizada. Mas o pacto funcionou. A reforma da Previdência foi aprovada, as instituições estão firmes. Agora o grande desafio é o país voltar a crescer. O Supremo estará atento para que julgamentos não impeçam ou atrapalhem o projeto de desenvolvimento econômico, que é tão necessário. O Estado de direito, a repartição dos poderes e a democracia são uma construção cultural que precisa ser sempre regada e preservada.”

Como é que as instituições estão firmes depois disso, Jesus?

Onde é que um mané eleito graças a uma campanha milionária de fake news, acrescida de um ódio fascista com ameaças de eliminação física de adversários, tem “respeitabilidade”?

Entra na tese a prisão do favorito nas pesquisas por aquele viraria ministro da Justiça?

Se tem “respeitabildade”, como é que o maluco quase caiu com apenas quatro meses no poder?

Quem são os conspiradores, doutor Toffoli? O senhor tem a obrigação de declinar os nomes.

Ele deixa claro que quer o lugar de Sergio Moro como herói nacional e o manda pastar:

“Ele é ministro da Justiça. Ele não é mais juiz. Qualquer opinião que eu der aqui a respeito do juiz Sergio Moro poderá ser confundida com a minha opinião sobre o ministro Sergio Moro.”

Na mesma semana em que Rodrigo Maia declara que Bolsonaro é “produto dos nossos erros”, como uma diarreia, temos o manda-chuva da corte mais alta do país dando de barato que o capitão só está no cargo por causa dele.

Toffoli é a babá de um limítrofe que manda funcionário fazer troca troca e a população cagar dia sim, dia não.

Não corre o menor risco de dar certo.

Bolsonaro com Tofolli, senadoras e deputadas federais: pacto

Nenhum comentário:

Postar um comentário