terça-feira, 13 de outubro de 2020

O PT morreu. Viva o PT!


Nonato Menezes 

O PT morreu! É o que costumo ouvir de analfabetos políticos, coxinhas deslumbrados, dos desgarrados da boiada bolsonarista e da elite que há séculos balança o berço do nosso atraso. 

Matar o PT tem sido o desejo dessa gente que não tem a mínima noção histórica, que está imersa no lodo da ignorância e com ajuda do sentimento de ódio não consegue lidar com o mais elementar dos fatos e dos dados. 

Para desespero da manada, o PT não morreu. Ao contrário, está vivíssimo e terá vida longa. 

O berço do PT foi o chão da fábrica, não foi o sofá acolchoado dos gabinetes refrigerados. A trama que o fez crescer foi forjada no sacolejo da luta de classes. Luta de idas e vindas, de perdas e ganhos, de avanços e recuos, até chegar ao poder. Chegou e não saiu mais, apenas perdeu instâncias. 

E não morreu por falta de guerra, de traições, desrespeito às leis, do uso criminoso dos poderes, de crimes inventados, de condenações injustas e todo tipo de trapaça. De 2005 até 2019, o PT foi esmurrado e sacaneado em alto nível pelas forças políticas oriundas da Casa Grande. Foi cipó vergado sem dó, em ritmo  intenso, até que parte considerável da sociedade se convenceu da “verdade” alardeada por criminosos como a Globo, parte do Judiciário, do Ministério Público, do Legislativo, FEBRABAN, FIESP entre outras Máfias verdes e amarelas e pariu Bolsonaro. 

Foram catorze anos de uma guerra desigual, onde só um lado fez uso de morteiros, mísseis, lança-chamas, arma química, emboscadas e ainda teve proteção de seus crimes de guerra e das violações de toda sorte. 

Ainda, o PT resistiu a maremotos, terremotos e avalanches de toda espécie. Sobreviveu à farsa do “Domínio do Fato”, à condenação arranjada de Lula por “fato indeterminado”, à cretinice do Ministério Público, exposta em gráficos do PowerPoint e não sucumbiu ao esgoto perene da vida das elites brasileiras. 

O PT está vivíssimo e pede passagem, com o mérito de ter aproximadamente um milhão e seiscentos mil filiados, milhares de vereadores, centenas de prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores, somado ao que fez, quando no governo federal, por três mandatos e um pedaço do último, governados na defesa dos interesses do País e necessidades da sociedade brasileira. 

Assim, ainda que a guerra não tenha terminada, e sem armistício à vista, o PT segue seu caminho, embalado por sua própria História, seja contra o ódio de muitos, enfrentando as “elites do atraso” e não se curvando a um vergonhoso Exército golpista. 

Que essa guerra, ainda em curso, seja pedagógica aos dirigentes e demais filiados do Partido. Que imponha novas estratégias e táticas para conquistar e exercer o poder, e que não esqueçam do enraizamento social como a melhor alternativa de contribuir com a sociedade para que ela se livre de seus grilhões e consiga a tão necessária soberania. 

E, ao contrário do que muitos ainda dizem, o PT não morreu. 

Viva o PT!

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