quarta-feira, 5 de outubro de 2022

5 táticas para vencer o fascismo

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Carlos D'Incao
https://www.brasil247.com/

Temos poucas semanas para o segundo turno. Como era previsto, teremos uma verdadeira tempestade de fakenews pela frente. A eleição se decidirá em boa parte pelas redes sociais e no protagonismo dos pastores evangélicos.

Lula perde, teremos o início da 6ª República… uma República ditatorial que tem chances de durar 10 vezes mais do que a atual 5ª República (a 1ª foi a República das Oligarquias, a 2ª foi a Era Vargas, a 3ª foi a República populista, a 4ª foi a Ditadura Militar, a 5ª é a Nova República que vivemos atualmente).

Nessa 6ª República não teremos mais Lula. Perderemos o maior líder progressista da História desse país.

Por essas razões lanço aqui 5 táticas históricas para vencer o fascismo:

1 - Infiltração nos grupos de rede social bolsonarista: é necessário fingir ser um bolsonarista e construir um arrependimento em 10 dias e quebrar o grupo, o que significa, no fim, racha do grupo ou contenção de fakenews. Nunca se faz essa empreitada sozinho. É necessário no mínimo 3 infiltrados para puxar apoio mútuo.

2- Intimidação em território inimigo: no caso o ninho mais volumoso de eleitores de Bolsonaro são as Igrejas Evangélicas. Deve-se censurar o pastor se ele começar a falar mentiras ou falar à favor de Bolsonaro, dizendo que está lá pelo evangelho e não para debater política. Uma semana calado para passar por evangélico de fato e duas semanas com censuras. Grupos de 5 são ideais.

3- Formação do “Gabinete do Medo”: na psicologia o que mais leva à mobilização da atenção e da ação é o medo, não o ódio. Falar o colapso que Bolsonaro ocasionará na vida das pessoas é muito eficiente. De nada adianta abstrações: falar de democracia, STF, ditadura… tudo isso já é falar com o nosso público. O eleitor do Bolsonaro é apegado ao real concreto: é o seu negócio, é o seu pagamento, é o preço do leite, o fim do auxílio Brasil… tudo dependerá do grupo a que você se dirija.

4 - Desmoralização do inimigo: É necessário associar Bolsonaro não só à corrupção - ainda que isso cause sempre barulho nos grupos bolsonaristas. Mas trata-se de falar que ele não gosta de mulher porque gosta de homem, que é um homossexual enrustido, que já foi à favor do aborto, que seu ódio é ser um fracasso em tudo: como marido, como parlamentar, como militar, como presidente, como ser-humano… enfim, desnudar o falso moralismo em seu torno.

5 - Fogo contra fogo: em uma guerra suja, ninguém pode sair limpo. Caso seja necessário acusações e afirmações que não correspondam aos fatos, ainda em apuração, que sejam lançados sob a égide de ser verdadeiro. É exatamente isso que o inimigo fez durante os últimos 4 anos em níveis muito mais baixos.

Foi dessa forma, sem tecnologia, que a URSS venceu o nazismo. Com inteligência e armas. Estamos desarmados. Só nos resta a inteligência.

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