Cooperação espacial China-África mostra tendências de multipolarização e democratização da tecnologia

Ilustração: Liu Rui/GT

Por Global Times

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Nos últimos anos, a cooperação entre a China e a África no campo espacial se aprofundou. No entanto, alguns meios de comunicação ocidentais tentaram distorcer a natureza dessa cooperação. Na terça-feira, a Reuters relatou que a China está "construindo alianças espaciais na África para aprimorar sua rede global de vigilância e avançar sua tentativa de se tornar a potência espacial dominante do mundo". O artigo também citou comentários do Pentágono, alegando que os projetos espaciais da China na África e em outras partes do mundo em desenvolvimento são um "risco de segurança".

O verdadeiro risco de segurança não é a cooperação ou o compartilhamento de tecnologia, mas o preconceito ideológico do Ocidente que se apega à hegemonia e obstrui o progresso. Por muito tempo, o espaço e outros campos de alta tecnologia foram dominados pelos EUA e seus aliados. Por trás das campanhas de difamação da mídia ocidental está o medo do Ocidente da cooperação China-África.

A cooperação entre a China e o Egito em tecnologia espacial, referida pela mídia estrangeira como "programa espacial secreto da China no exterior", tem sido aberta e transparente. Registros públicos mostram que o Egito é o primeiro país a realizar cooperação por satélite com a China sob a estrutura da Iniciativa Cinturão e Rota. No final de 2023, o satélite MISRSAT-2, projetado e desenvolvido em conjunto, foi enviado com sucesso para a órbita. Um funcionário da Agência Espacial Egípcia disse que o projeto promoveu o treinamento de profissionais espaciais egípcios, ajudando o Egito a se tornar um líder no campo de satélites espaciais na África e no Oriente Médio. Essa abordagem de "ensinar um homem a pescar" é um passo fundamental para a África alcançar a industrialização e a modernização autônomas.

A campanha de difamação da mídia ocidental contra a cooperação espacial China-África ignora a necessidade legítima de os países africanos desenvolverem tecnologia espacial. A tecnologia espacial e os sistemas de monitoramento podem ser usados ​​para monitoramento climático, planejamento agrícola, proteção ambiental e gerenciamento de desastres, ajudando a África a lidar com as mudanças climáticas, melhorar a produtividade agrícola, otimizar o gerenciamento de recursos e aprimorar as capacidades nacionais de resposta a emergências.

De forma mais ampla, a cooperação espacial China-África reflete a mudança no cenário da cooperação tecnológica global e a reformulação dos direitos de desenvolvimento. No passado, os países em desenvolvimento muitas vezes tinham que contar com os países ocidentais para obter ajuda tecnológica, o que vinha com muitas restrições. No entanto, por meio do conceito de cooperação Sul-Sul, a China forneceu um modelo de cooperação mais igualitário e sustentável, ajudando os países africanos a alcançar o autodesenvolvimento em campos críticos, como a tecnologia espacial. Isso não apenas melhora a posição da África no sistema tecnológico global, incentivando os países em desenvolvimento a participar da governança tecnológica global, mas também contribui para o avanço do processo de multipolarização global.

"O espaço não é um clube para os ricos", disse Song Zhongping, um especialista militar chinês. Por meio da cooperação ganha-ganha com a África, a China está ajudando mais países em desenvolvimento a entrar rapidamente no mainstream do desenvolvimento tecnológico global, incorporando a tendência de democratização e multipolarização da tecnologia moderna, ele observou.

O foco dos países africanos e do Sul Global está em necessidades de desenvolvimento mais práticas e sustentáveis, em vez de jogos geopolíticos. Os EUA e os países ocidentais devem escolher o caminho certo - abandonando a mentalidade de hegemonia tecnológica, adotando uma abordagem mais aberta e inclusiva e participando ativamente do processo de cooperação tecnológica global.

Da construção de infraestrutura ao foco na modernização e tecnologia de ponta, a narrativa de "uvas verdes" da mídia estrangeira não pode esconder os resultados frutíferos da cooperação China-África. Enquanto o Ocidente está ocupado tecendo mentiras, a China e a África já teceram uma rede de desenvolvimento e iluminaram um futuro autônomo com tecnologia, escrevendo um novo capítulo de unidade e desenvolvimento para o Sul Global.