Nonato Menezes - Dignidade é um valor humano
inestimável. É o único que é capaz de se impor às circunstâncias, inclusive diante
da morte.
Ser digno é ser capaz de lidar
consigo mesmo e com o outro no sentido ontológico. É o indivíduo que diante de
si é capaz de perceber o outro naquilo que é natural, sagrado e eterno.
Quem não consegue ser digno nesta
perspectiva é porque vive na e da frugalidade. O frugal se limita ao efêmero,
ao circunstancial, seja diante de si ou perante o outro. O frugal pode ter
outro valor Moral, jamais tem como demonstrar dignidade.
Tenho observado as manifestações
de “pesar” diante do assassinato de Dona Marisa. Manifestações de pessoas
desleais e covardes com ela e família, indiretamente, e diretamente com o
marido em quase todos os momentos, quando o poder esteve em jogo.
Pessoas sórdidas, traiçoeiras que no cotidiano
são capazes até de matar, para depois se mostrarem pesarosas diante dos que
sofrem com a dor da perda?
É certo que ninguém é forte diante da morte,
mas é indigno o algoz se mostrar sentido diante de sua vítima.
A morte é para todos e da perda
ninguém escapa, mas prestar condolências a que sofre com a perda de quem você
ajudou a destruir é repulsivo.
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