Eleição direta não basta. É preciso que o processo eleitoral seja transparente. As duas coisas juntas é que dão legitimidade aos eleitos. É necessário que seja assim nas instâncias do Estado e em todas as instituições que atuam com poderes representativos. No entanto, a consolidação de uma ainda não nos assegurou a conquista da outra. É essa imperfeição que nos motiva a uma peleja sem tréguas, como única via para o aperfeiçoamento do regime democrático.
A urna eletrônica, ainda que careça de aperfeiçoamento, já tornou os processos eleitorais no Brasil mais simples e menos sujeitos a irregularidades. Esta, pelo menos na escolha para funções do Estado, é uma constatação irrepreensível. Inclusive, instrumento que já vem sendo utilizado por vários países.
Mesmo com as vantagens conhecidas, a urna eletrônica ainda não chegou à maioria das instituições brasileiras. A regra ainda é o processo antigo; mais dispendioso, cheio de brechas para tramoias e, muitas vezes, com resultados suspeitos.
O Sinpro/DF é uma dessas instituições. Sem motivos plausíveis, nossa instituição não tem feito o menor esforço para utilizar a urna eletrônica. Sempre que cobrada, a diretoria culpa a “falta de tempo” como causa por não viabilizar sua utilização.
Pois bem. Estamos há mais de um ano para as próximas eleições do Sinpro/DF. Que tal começarmos a cobrar de nossa instituição esse procedimento? Antes que o tempo seja novamente culpado, que tal começarmos discutir sobre o tema agora?
Então, se você está de acordo que a próxima eleição do Sinpro/DF – próximo ano – seja com urnas eletrônicas ou se você é contra, faça seu comentário aqui e, se quiser, assine aqui como seguidor. A Democracia agradece.

Nonato, parabéns por mais essa empreitada. Você sempre criando e oferecendo espaços para discussões e reflexões sobre os sérios problemas da educação. Gostei muito!
ResponderExcluire sobre a transparência... isso é essencial... e que seja possível fazer do sindicato uma instituição autônoma, livre dos interesses político-partidários que muitas vezes diminuem o seu poder de representação de categoria.
estarei por aqui.
um forte abraço!!
Será se os professores estão interessados nesta discussão? Parece estar tão bom assim!
ResponderExcluirURNAS ELETRÔNICAS TRE - SINPRO-DF Junho 2012
ResponderExcluirJá está na hora de iniciarmos as discussões/debates em torno da utilização das URNAS ELETRÔNICA na próxima eleição do SINPRO. Precisamos demonstrar para a sociedade que os Educadores do DF compartilham um ambiente Democrático, Participativo, tendo assegurado a lisura, transparência durante suas Gestões, e, com a participação massiva de seus Professores durante o pleito e a eleição dos novos Mandatos. Devemos nos empoderar do processo eleitoral utilizando meios que comprovadamente demonstrem transparência, facilidades e agilidade na captação e demonstração dos resultados e busque a implantação imediata para a próxima eleição. Basta observar o histórico da implementação e expansão das Urnas Eletrônicas no Processo Eleitoral no Brasil.
O voto na urna eletrônica no Estado de São Paulo, assim como no Brasil, foi implantado a partir de 1996 (eleições municipais) quando, segundo os critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, apenas os municípios com mais de 200 mil eleitores e as capitais utilizaram-se da urna eletrônica.
Em 1998, no processo de ampliação da votação eletrônica, o critério de eleitorado foi alterado, alcançando todos os municípios com mais de 40.500 eleitores.
E, em 2000, pela primeira vez no Brasil, as eleições foram informatizadas em 100 % do território nacional.”
(TRE-São Paulo, 2010)
“No ano em que a Justiça Eleitoral completa dez anos de uso de urnas eletrônicas nas eleições brasileiras, o país contabiliza o uso da tecnologia por outros 8 países latino-americanos.
Desde de sua estréia nas eleições municipais de 1996, quando foi usada nos municípios com mais de 200 mil habitantes, as urnas brasileiras já participaram de eleições oficiais no Paraguai, na Argentina e no Equador.
O uso mais relevante do sistema eletrônico fora do Brasil foi no Paraguai, onde as urnas foram usadas em três eleições, inclusive em pleito presidencial.
Outros cinco países usaram a tecnologia brasileira a titulo de teste, sem aplicação legal. Testaram o sistema os tribunais eleitorais de México, Costa Rica, Honduras, República Dominicana e Panamá.
Nesta semana, representantes do governo da Coréia do Sul vieram a São Paulo conhecer a tecnologia usada no Brasil. O país asiático tem interesse em avaliar como é possível garantir o tráfego rápido de dados recolhidos em várias cidades do país e garantir a fidelidade dos votos. Urnas eletrônicas do Brasil são usadas em 8 países.” Felipe (Zmoginski, F, 2006)
Portanto, para as eleições de 2013 a categoria deve se mobilizar em torno desta discussão e defender, desde já a utiliização das URNAS ELETRÔNICAS DO TRE, como facilitador, visto que a nossa categoria possui um grande número de eleitores e é um dos maiores sindicatos da região Centro Oeste.
Prof. Waldek SEDF/Ceilandia