Em 23 de Julho escrevi acerca de
como os EUA reverteram papeis com a URSS e tornaram-se o tirano que aterroriza
o mundo. Temos agora nova confirmação daquele facto. Ela decorre de duas acções
extraordinárias do estado britânico, um fantoche de Washington.
David Miranda, o parceiro
brasileiro de Glenn Greenwald, o qual está a informar acerca da espionagem
ilegal e inconstitucional da National Stasi [NR] Agency foi detido, sem dúvida
por ordens de Washington, pelo governo fantoche britânico na zona de transito
internacional de um aeroporto londrino. Miranda não havia entrado no Reino
Unido, mas foi detido pelas autoridades britânicas:
rt.com/op-edge/uk-gay-greenwald-freedom-police-679/ . Os fantoches britânicos
de Washington simplesmente sequestraram-no, ameaçaram-no durante nove horas e
roubaram seu computador, telefones e todo o seu equipamento electrónico. Como
disse aos media um presunçoso responsável estado-unidense: "o objectivo
era enviar uma mensagem".
Podemos recordar que Edward
Snowden ficou enfiado durante algumas semanas na zona de trânsito internacional
do aeroporto de Moscovo. O tirano Obama reiteradamente intimou o presidente
Putin da Rússia a violar a lei e entregar Snowden. Ao contrário dos britânicos,
outrora orgulhosos cumpridores da lei, Putin recusou-se a colocar os desejos de
Washington acima da lei e dos direitos humanos.
O computador que o Guardian,
intimidado, resolveu destruir. A segunda violação extraordinária ocorreu quase
simultaneamente, com autoridades britânicas a aparecerem no jornal Guardian e
com destruição ilegal dos discos duros dos computadores do jornal na vã
intenção de impedir que aquele relatasse novas revelações de Snowden acerca da
alta criminalidade dos EUA/Reino Unido.
É elegante nos governos dos EUA e
Reino Unido e entre os seus sicofantas falar do "estado gangster da
Rússia". Mas todos nós sabemos quem são os gangsters. Os piores criminosos
do nosso tempo são os governos dos EUA e Reino Unidos. Ambos são destituídos de
toda integridade, de toda a honra, de toda a humanidade. Muitos membros de
ambos os governos teriam dado perfeitos funcionários na Rússia estalinista [NR]
ou na Alemanha nazi.
Isto é extraordinário. Foram os
ingleses que deram origem à liberdade. Na verdade, em 1215 foi a libertação dos
direitos dos barões em relação às transgressões do rei, não a libertação dos
plebeus (commoner). Mas uma vez estabelecido o princípio, este propagou-se por
toda a sociedade. Em 1680 a revolução legal estava acabada. O rei e o governo
estavam sujeitos à lei. O rei e o seu governo já não eram a lei nem acima dela.
Nas 13 colónias os ingleses que
as povoaram herdaram este feito inglês. Quando o governo do rei George recusou
às colónias os Direitos dos Ingleses, os colonizadores revoltaram-se e nasceram
os Estados Unidos.
Os descendentes destes colonos
agora vivem na América onde as suas protecções constitucionais foram derrubadas
por um governo tirânico que afirma estar acima da lei. Este facto elementar não
impediu o governo dos EUA ou seus fantoches de continuarem a encobrir o crime
de guerra da agressão militar na falsa linguagem do "servir a liberdade e
a democracia". Se os governos Obama e Cameron estivessem no banco dos réus
em Nuremberg, a totalidade de ambos os governos seria condenada.
A pergunta é: haverá suficientes
pessoas com o cérebro lavado em ambos os países para apoiarem o mito dos
EUA/Reino Unido de "liberdade e democracia" são alcançadas através de
crimes de guerra?
Não há escassez de americanos com
cérebros lavados que gostam que lhes digam que são "indispensáveis" e
"excepcionais" e, portanto, têm o direito de impor a sua vontade ao
mundo. É difícil enxergar nestes americanos despistados grande esperança para o
renascimento da liberdade. Mas há alguma indicação de que os britânicos, que
não herdaram a liberdade mas tiveram de combater por ela durante cinco séculos,
possam ser mais determinados.
O Home Affairs Committee
britânico, presidido por Keith Vaz, está a pedir uma explicação ao cãozinho de
estimação de Obama, o primeiro-ministro britânico. A sentinela britânica sobre
a aplicação do anti-terrorismo, David Anderson, também está a pedir que o Home
Office e a polícia britânicas expliquem a utilização ilegal de leis
anti-terrorismo contra Miranda, o qual não é um terrorista nem está de qualquer
forma ligado ao terrorismo.
O ministro dos Negócios
Estrangeiros do Brasil juntou-se à querela, pedindo a Londres que explique
porque o Reino Unido violou a sua própria lei e abusou de um cidadão
brasileiro.
Naturalmente, toda a gente sabe
que Washington forçou seu fantoche britânico a violar a lei a fim de servi-lo.
Pode-se perguntar se os britânicos alguma vez decidirão que estariam melhor
como país soberano.
A Casa Branca negou o
envolvimento no sequestro de Miranda, mas recusou-se a condenar a acção ilegal
do seu fantoche.
Quanto à destruição da liberdade
de imprensa no Reino Unido, a Casa Branca também apoia isso. Ela já está a
acontecer aqui.
Enquanto isso, habitue-se à
polícia de estado:
www.wnd.com/2013/03/now-big-brother-targets-your-fedex-ups-packages/
21/Agosto/2013
[NR] Apesar de ter evoluído para
posições esclarecidas e progressistas, Roberts conserva fortes preconceitos
anti-comunistas. Aparentemente, sente-se obrigado a fazer a despropósito estas
ressalvas anti-soviéticas a fim de falar dos crimes agora cometidos pelo seu
governo. Será uma forma de se proteger?
[*] Ex-secretário assistente do
Tesouro no governo Ronald Reagan e ex-editor do Wall Street Journal.
O original encontra-se em
www.globalresearch.ca/gangster-state-usuk/5346572
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/ .
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