Nonato Menezes - A elite
brasileira, proprietária da riqueza nacional, que domina o poder político há
mais de quinhentos anos, antipovo, entreguista, antinacional, antidemocrática e
golpista nunca se sensibilizou com a miséria, com o analfabetismo e com outras
mazelas tão arraigadas na sociedade nacional. Suas preocupações foram sempre
voltadas para interesses de famílias, grupos, corporações nacionais e
internacionais. Em muitos aspectos defenderam e defendem mais interesses de outros
países do que os nossos. Jamais viabilizou um projeto nacional, sequer discutiu
os interesses do País.
Tentativa de um projeto pátrio só
veio a surgir com Getúlio Vargas que de tão pressionado que foi, acabou dando
um tiro no peito.
Nossa trajetória histórica mostra
o quanto a elite brasileira é perversa com seu próprio País.
Como Colônia e Império fomos
produtores de cana-de-açúcar para uma Europa ávida por produtos primários.
Forma-se aqui a primeira elite nacional. Enriquecida com a mão-de-obra escrava,
a elite nordestina nunca viabilizou o desenvolvimento da própria região. Jamais
se preocupou com o desenvolvimento econômico associado ao desenvolvimento
social. Serviu ao estrangeiro e se serviu da produção barata e da extração das
riquezas do país sem nenhum escrúpulo. Este foi o primeiro eixo econômico do
Brasil.
Na crise da monocultura
açucareira, veio a produção de ouro, que os portugueses levaram quase tudo e
doaram aos ingleses. Este o segundo eixo econômico que alargou a elite
nacional, embora se mantendo com o mesmo comportamento predador e antinacional.
O terceiro eixo econômico veio
com a cafeicultura, fundamento da industrialização, sobretudo, do Rio e de São
Paulo.
Desse momento em diante, o
Nordeste, já com acentuada pobreza, passou a ser grande fornecedor de
mão-de-obra barata, principalmente para o Sudeste. Daí em diante a Região foi
esquecida e até recentemente impedida de se desenvolver, como parte da
estratégia das elites nacionais.
Provas dessa estratégia. Eugênio
Gudin – um dos pais do liberalismo brasileiro – era contra a construção da
Hidrelétrica de Paulo Afonso, com a bela justificativa: não havia demanda.
Sarney, com todo seu atraso – porque é da nossa elite – ensaiou uma obra de
vulto – a ferrovia norte-sul. A imprensa golpista caiu de pau. Denúncias e mais
denúncias. O Brasil parecia se dissolver em corrupção. Era o Nordeste como o
foco da pobreza, do atraso e da corrupção. Tudo em nome da preservação da
política de não desenvolvimento daquela Região. Se fosse contra a corrupção a
grande mídia não estaria em silêncio diante do escândalo do metrô de São Paulo.
Nos oito anos do governo FHC, o
presidente mais estrangeiro dos brasileiros, o mais entreguista – em outro país
já estaria preso -, foi sempre visceralmente contra o Nordeste. Cinicamente foi
contra a transposição do Rio São Francisco, alegando desperdiço de recursos.
Nenhum projeto de vulto para a
região foi sequer esboçado. Fora o desmantelamento do patrimônio público
brasileiro, o pouco que foi feito, veio para atender outras regiões. O Nordeste
não fazia parte de seus projetos e programas.
Até que veio Lula, depois Dilma. Governantes
que pensam o País, que defendem os interesses da Nação, com políticas voltadas
para o nosso desenvolvimento e com defesa intransigente da nossa soberania.
“Com o Nordeste pobre, o País jamais
será rico!” Parece ter sido esta a máxima dos últimos dozes anos de governo. E
com ele parte do desenvolvimento brasileiro foi deslocada para o Nordeste.
Primeiro o atendimento à população mais pobre, atendida com os programas
sociais de emergência, em seguida vieram obras de infraestrutura. Transposição
do Rio São Francisco, Ferrovia Leste-Oeste, Porto de Suape, entre outras. Estratégia
que fez estancar a maior parte da migração.
Agora, os salvadores da direita e
da elite predadora, com apoio dos inocentes úteis, vivem a proclamar que vão
fazer, fazer, fazer. No entanto, o objetivo mesmo é voltar ao poder para
continuarem a obra histórica de entrega dos recursos do país, aprofundamento da
desigualdade regional, da destruição do Estado e da política de concentração de
renda e exclusão social.
É POR ISSO QUE TODO NORDESTINO RESIDENTE
NA REGIÃO OU EM OUTRO LUGAR DEVE LEMBRAR QUE O ÓDIO AO PT NÃO É PELO QUE NÃO
FEZ, NEM POR CORRUPÇÃO, NEM POR INCOMPETÊNCIA, MAS PELO QUE FEZ E CONTINUA A FAZER
PELO BRASIL E POR SEU POVO. ENTÃO, O QUE ESTÁ EM JOGO É A RETOMADO DO PODER DE
ESTADO PARA, ENTRE OUTROS OBJETIVOS, MANTER A DESIGUALDADE REGIONAL PARA,
PRINCIPALMNTE, FORNECER MÃO-DE-OBRA BARATA EXIGIDA PELO CAPITAL NACIONAL E
INTERNACIONAL. E O NORDESTE É O ALVO PRINCIPAL, COMO SEMPRE FOI.
A
ALTERNÂNCIA DE PODER como argumento usado pela direita, como principal regra
democrática tem muitas intensões, falta a que diz respeito aos nossos
interesses.
COM SIMPLES LEITURA SOBRE O QUE
TEM SIDO FEITO NESTES DOZE ANOS, DISSIPAM QUAISQUER DÚVIDAS SOBRE EM QUEM VOTAR
NESTA ELEIÇÃO. DEFENDER NOSSOS INTERESSES, OS EMPREGOS CONQUISTADOS, A DISTRIBUIÇÃO
DE RENDA, A SUPERAÇÃO DA MISÉRIA POR MILHÕES DE BRASILEIROS, SÃO CONQUISTAS
PARA NUNCA SEREM ESQUECIDAS E, PARA O NOSSO BEM, A SEREM MANTIDAS E
APROFUNDADAS COM O VOTO EM DILMA. DIANTE DOS FATOS, NEM DÚVIDA É ACEITÁVEL.
DILMA PARA PRESIDENTA!

Comentários
Postar um comentário
12