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Em novembro de 2013, ou há menos de um ano, o jornal The
Washington Post publicou, com o uso de dados e cópias de slides da própria NSA,
matérias explicando como a Agência Nacional de Segurança intercepta a
comunicação entre servidores do próprio Google e os de outras companhias como o
Yahoo, e como essa agência também tem acesso a dados estocados em “nuvem” por
companhias privadas de TI dos Estados Unidos.
Para diminuir a preocupação dos usuários, o Google e outras
companhias como a Apple, têm aumentado o grau de privacidade de seus novos
produtos e serviços, principalmente sistemas operacionais para celular.
A Apple anunciou que no IOS-8 todos os dados pessoais do
utilizador, como fotos, mensagens ou e-mails, ficarão protegidos pela senha do
usuário, tornando impossível o acesso aos seus dados, mesmo que sejam
solicitados judicialmente.
O Google também anunciou que o novo Android Lillipop também
vai encriptar automática e obrigatoriamente os dados do usuário que tenha seu
tablet ou smartphone protegido por senha.
Como não chamou a Telebrás para entrar no consórcio - parece
que é proibido pensar em fortalecer a Telebrás no Brasil, embora nada se faça
para impedir o monopólio espanhol sobre nosso mercado, com a compra da GVT pela
Telefónica, dona da Vivo e da antiga Telesp - o governo precisa cobrar, da
Algar, única empresa nacional participante, que medidas de segurança serão
adotadas para proteger as informações originadas em nosso território, e fazer o
mesmo com o Google.
Naturalmente, o governo norte-americano reagiu contra essas
decisões. O diretor do FBI, James Comey, disse que as empresas “estão indo
longe demais” na preocupação com a privacidade dos usuários e pediu mais
poderes para as autoridades, que, na sua opinião, foram gravemente
afetados no que chamou de “era
pós-Snowden”.
No caso do cabo ótico do Google, ainda assim é preciso saber
quem dominará o negócio, se a empresa norte-americana, ou os uruguaios, angolanos e brasileiros
envolvidos.
Não porque isso vá fazer, eventualmente, muita diferença,
considerando-se que os dados e informações poderão ser interceptados pela NSA
em sua chegada, ou ao passar pelos EUA, mas, pelo menos, para deixar claro que
estamos atentos ao assunto.

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