domingo, 30 de agosto de 2015

Quem e porque querem destruir o Mercosul

SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES / http://www.brpopular.com.br/
A integração da América do Sul, com a criação de empregos dentro do Brasil e dos países vizinhos, contraria muitos interesses internacionais.
O Mercosul é um projeto de desenvolvimento industrial da Argentina, do Brasil, do Paraguai, do Uruguai e da Venezuela, que se executa através da proteção tarifaria às suas empresas.

Os grandes estados industrializados, como os Estados Unidos e os países da União Europeia, procuram, de diversas formas, sair da crise econômica em que se encontram mergulhados desde 2008.
Uma das formas de escapar da crise é a expansão de suas exportações e, naturalmente, a geração de grandes superávits comerciais.
O presidente dos EUA, Barack Obama, já declarou várias vezes que deseja multiplicar por cinco as exportações americanas nos próximos anos. O Brasil, que tinha um superávit com os Estados Unidos, passou a ter um déficit significativo anual de mais de 4 bilhões de dólares.
A China também tem interesse em exportar cada vez mais produtos manufaturados para o mercado brasileiro. Para isso, estes países propõem a assinatura de acordos de livre comércio, que eliminariam todas as tarifas alfandegarias do Mercosul e, portanto, do Brasil.
Essa eliminação de tarifas colocaria as gigantescas empresas multinacionais, que são muito mais competitivas, em competição direta com as empresas instaladas no Mercosul.
O Mercosul, que tem uma tarifa comum aos cinco países membros, torna-se assim um obstáculo aos objetivos desses países desenvolvidos industrialmente de expandir vigorosamente suas exportações.
Assim, os defensores dos interesses estrangeiros no Brasil procuram apresentar esses acordos como vantajosos para o Brasil. Sugerem que o Mercosul negocie tais acordos ou que o Brasil saia do Mercosul para poder negociá-los bilateralmente. Nos outros países do Mercosul, outros defensores de interesses estrangeiros fazem o mesmo.
É fácil prever que uma política de tarifa zero devastaria o parque industrial brasileiro e dos demais países do Mercosul e que isso retiraria o emprego dos trabalhadores brasileiros, principalmente diante de uma situação de retração econômica causada pelo programa de ajuste.

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