O resultado eleitoral representa o êxito praticamente absoluto da estratégia golpista. É sinal inequívoco da vitória do banditismo sobre a democracia. Mais que uma derrota do PT, foi uma vitória do banditismo político, jurídico e midiático.
Nas semanas que antecederam a eleição deste domingo, foi processado o mais impressionante bombardeio já sofrido por um partido político na história do Brasil.
O ataque aterrador de juízes [inclusive do STF], procuradores do MP e delegados da PF para alvejar lideranças e candidaturas do PT não encontra precedente histórico.
Numa campanha eleitoral breve, com duração de 45 dias, durante 30 dias [75% deste tempo!] inundaram a eleição com assuntos policiais, incriminando o ex-presidente Lula e ministros dos governos do PT.
A Globo fez propaganda caluniosa no Jornal Nacional de sábado, a menos de 12 horas do início da votação: noticiou falsamente que a Presidente Dilma foi privilegiada com a obtenção de aposentadoria em 24 horas, enquanto a população tem de aguardar 74 dias para a concessão deste direito!
A violação da soberania popular é indiscutível. A interferência no resultado eleitoral é evidente. A operação boca-de-urna da Lava Jato interferiu na capacidade de escolha independente das pessoas, deturpando o exercício pleno da vontade popular.
O condomínio golpista foi bem sucedido eleitoralmente. A única capital conquistada pelo PT foi Rio Branco/Acre. As cidades do Rio, com Marcelo Freixo [PSOL]; do Recife, com João Paulo [PT] e do Belém, com Edmilson [PSOL], restaram como as principais apostas das forças progressistas no segundo turno.
O padrão da luta política deverá se alterar substancialmente depois deste crime eleitoral. A oligarquia golpista se julgará autorizada a acelerar e radicalizar os retrocessos sociais, trabalhistas e previdenciários; a entrega da indústria e da riqueza nacional e o comprometimento da soberania do país.
Os deputados e senadores do bloco golpista iniciarão, nos próximos dias, a votação acelerada das pautas anti-civilizatórias, como a PEC 241, que diminui e congela por 20 anos os investimentos no SUS, na educação e nas áreas sociais.
Com a vitória acachapante, os fascistas gozarão de um poder ainda mais temerário. Eles não abdicarão da repressão policial e da violência política e institucional para esmagar a resistência democrática e a oposição ao regime de exceção.
A escalada autoritária terá como contrapartida muita resistência, luta e desobediência civil. O clima político se encaminha para o confronto e a radicalização.
Enganam-se os comentaristas da imprensa servil ao regime de exceção e seu governo golpista: o banditismo não exterminou Lula e o PT, apenas obteve uma vitória eleitoral num processo manchado pela manipulação e pela vilania.
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