Nonato Menezes
Três questões precisam ser
observadas nesse ato.
A primeira é que, prender bandido
é carta marcada. Não passa de uma cena para dizer ao público que o show deve
continuar.
É o espetáculo, o movimento, a tensão.
Ingredientes indispensáveis para agitar a aura no Cabaré Brasil.
Sem esse movimento, passaremos a
observar os vexames do presidente traíra e as trapalhadas de sua quadrilha que
roubou o poder.
Toquem os tambores, senhores!
A segunda é para que, ainda,
ninguém perceba o que está passando por baixo da ponte.
Entregar o Pré-sal, por exemplo,
requer discrição. Negociar e aprovar PEC para destruir a Nação, idem.
A trama é conhecida. E nada
melhor para ilustrá-la do que a tática do “boi de piranha”.
Aproveitem a sanha, senhores!
Por último, serve para revigorar
a fúria justiceira e levar o povo a admitir a tragédia.
Afinal, o descrédito, a exaustão
da trama é inexorável.
Se o objetivo ainda não foi integralmente alcançado,
a trama não pode morrer de véspera.
E tudo que já foi conseguido não
pode mostrar sua ruína.
Aos tambores, senhores!
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