por Maria Lúcia Erwin
É tempo de desobediência civil.
A velha mídia está fazendo direto editoriais pela prisão do ex-presidente Lula.
Chega ao cúmulo da hipocrisia de dizer que é para defender o Estado de Direito.
São os mesmos veículos de comunicação que, em 2016, rasgaram a Constituição para fazer golpe contra a democracia e colocar no poder seus “Cunhas “e “Temers”.
Não satisfeitos em roubar direitos dos brasileiros, esses golpistas querem agora roubar também as esperanças dos pobres e dos negros.
A questão não é defender Lula, mas, como diziam os iluministas, “a injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos” (Montesquieu)
Se aceitarmos que qualquer pessoa seja presa sem provas, com delações sob tortura psicológica, nas quais os condenados são coagidos a dizer o que certos juízes querem ouvir, está aberto o caminho para prisão em massa de todos os que resistem contra o golpe. E como sabemos é muito fácil “plantar” provas para prender uma pessoa.
Lentamente assistimos à destruição da Constituição, ao desrespeito aos direitos fundamentais. A lei do mais forte se sobrepõe à justiça e ao Estado de Direito.
Tanto que, cada vez mais, vemos prisões abusivas, invasões de casa sem mandado e outras arbitrariedades contra os pobres e os negros, especialmente na periferia das nossas cidades.
É uma “justiça” que se recusa ser a justa. E o pior: uma “justiça” que fortalece a injustiça, se submete à pressão da grande mídia e dos ricos e despreza as manifestações de grande parte da população.
Diante de tudo isso, como aceitar então que a injustiça prevaleça como regra?
Ao defender o direito de Lula a um julgamento justo e não político, como assistimos em 24 de janeiro, estamos protegendo os direitos de milhões de brasileiros, pois a injustiça contra um é uma ameaça a todos.
Diante de setores do Judiciário que se recusam a ouvir o apelo por justiça e revejam a condenação injusta imposta a Lula, só nos resta o caminho da desobediência civil pacífica.
Não vamos nos calar frente à injustiça.
Conclamamos os verdadeiros democratas a se unirem na porta do apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, e acompanhar a sua provável prisão na próxima semana.
Se prenderem Lula, vão ter de arrastar e prender todos pelo crime de resistência à injustiça.
Será um espetáculo para a mídia mundial transmitir e mostrar a ditadura que já vigora, de novo, no Brasil.
É tempo de dizer em alto e bom som que não aceitamos a injustiça.
Menos ainda uma “justiça seletiva”, que protege os tucanos e a quadrilha que tomou de assalto o Palácio do Planalto e o governo do Brasil.
Uma “justiça” que também faz greve para defender penduricalhos imorais.
Que as próximas gerações não pensem que somos covardes e vamos lutar até o fim contra esta ditadura. Só a nossa coragem pode deixar um legado de luta para outra geração que esta sendo condenada a escravidão e que já vivencia o fim de política sociais que promoveram a igualdade e a justiça social.
A coragem é o nosso grande legado para as novas gerações, que estão sendo condenadas desde já à escravidão pelo governo Temer e grande parte do Congresso Nacional tão corrupto quanto o grupo do presidente ilegítimo.
Para defender o nosso legado só nos resta praticar a desobediência civil contra a injustiça que vivemos.
Gandhi e Luther King nos ensinaram que é necessário fazer marchas, greves, ocupações, boicotes contra a prisão política de Lula.
No Brasil dos nossos dias, é a fábrica de mentiras da Globo e seus sócios menores que precisamos denunciar com nossa rebeldia e desobediência.
Toda a solidariedade a Lula e aos milhões de injustiçados pela Casa Grande mesquinha e cruel!
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