terça-feira, 29 de maio de 2018

Temer não pode continuar. Renúncia Já!, por Aldo Fornazieri


Temer não pode continuar. Renúncia Já!

por Aldo Fornazieri

Temer nunca teve qualificativos morais para ser presidente da República. Colocado no cargo por um Congresso golpista e corrupto e por um judiciário igualmente corrupto e golpista, levou o país ao caos e ao desgoverno e perdeu as condições políticas e administrativas para continuar no governo. Está produzindo a ruína da economia e da sociedade ao provocar a greve dos caminhoneiros. Os prejuízos econômicos e o sofrimento social são incalculáveis. As perdas são bilionárias.

Em face do desgoverno e do caos, as forças de extrema direita oferecem como alternativa a ampliação da agressão à Constituição e à democracia agindo para patrocinar a intervenção militar e um novo golpe. Os partidos democráticos e progressistas e as organizações da sociedade civil se omitem gravemente em face da crise e se tornaram linha auxiliar da sustentação de Temer e cúmplices do desgoverno e do caos. É necessário e urgente propor uma saída constitucional e democrática para a crise, os seguintes termos;

1- Renúncia imediata de Temer. Ela deve ser exigida pelos partidos e pelas entidades da sociedade civil. O Brasil não tem mais governo e Temer não tem nenhuma autoridade. Manter Temer significa prolongar a crise e o sofrimento do povo;

2 - Com a renúncia de Temer deve ser seguido o que diz a Constituição: Rodrigo Maia assume e convoca a eleição de um presidente pelo Congresso. Deveria ser escolhido um presidente neutro para formar um governo técnico e neutro, com a missão de levar o País até o final do ano e garantir o calendário eleitoral. Poderia ser escolhido alguém como Ayres Brito ou outro que fosse uma pessoa honrada e respeitada;

3 - Os partidos deveriam garantir a governabilidade desse presidente e ele não adotaria nenhuma medida além das absolutamente necessárias para garantir uma governabilidade mínima;

4 - Seria antecipada a posse do presidente eleito e do novo Congresso para 15 de novembro;

5 - Seria feito um acordo com os caminhoneiros válido até o final do ano;

6 - Junto com Temer deveriam renunciar todos os ministros, Pedro Parente e todos os demais presidentes de estatais;

Aldo Fornazieri - Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

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