segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Moram na Flórida, Leblon e Ipanema e recebiam benefício do INSS destinado aos pobres



Uma reportagem de Carlos de Lannoy, exibida ontem no Fantástico, mostra que pessoas ricas recebem pensão ddo INSS, um benefício específico destinado a pessoas carentes, a prestação continuada.

Foram mostrados quatro casos e, por isso, não se pode falar do impacto desse tipo fraude nas contas da Previdência, embora os apresentadores tenham soltado a cifra 5 bilhões de reais. Não deve ser tudo isso, mas a fraude é um caso grave.

Reveladora do caráter das pessoas envolvidas. Uma das mulheres fraudadoras, Laís Pftzenreiter, moradora da Flórida, disse que não vai devolver o dinheiro recebido indevidamente.

“Eu, devolver o dinheiro ao Brasil, corrupto, depois vai parar lá na mão sabe-se lá de quem? Não, meu filho, não vou não”, afirmou Laís, que é viúva e recebe pensão do marido americano. Ela conseguiu o benefício em 2012, quando veio ao Brasil.

A reportagem localizou também um homem em Gramado, Rio Grande do Sul, que havia acabado de comprar um apartamento por R$ 1,8 milhão. George Poyastro, que também tem apartamento em Ipanema, não deu entrevista, se refugiou em um lugar particular e disse: “Aqui vocês não podem entrar.”

A reportagem localizou ainda um casal que mora no Leblon, Otto e Gema Richter, e uma mulher que tem casa em Ipanema e está morando em Arraial d’Ajuda, na Bahia. Eliê Teixeira Leite, filha de militar da Aeronáutica. Ela disse que, em seu prédio, outras parentes de militares recebem (ou receberam) o benefício.

É um salário mínimo, 954 reais, pouco dinheiro em relação ao padrão de vida dessas pessoas, mas que, nas mãos de uma pessoa pobre, faz muita diferença.

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