quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Revista Economist detona Bolsonaro e o chama de “última ameaça da América Latina”



“DEUS é brasileiro”, afirma um ditado popular que se tornou o título de um filme. A beleza, a riqueza natural e a música do Brasil muitas vezes fazem que o país pareça singularmente abençoado. Mas hoje em dia os brasileiros devem se perguntar se, como a divindade no filme, Deus saiu de férias. A economia está em um desastre, as finanças públicas estão sob pressão e a política está completamente podre. O crime de rua está aumentando também. Sete cidades brasileiras estão entre as 20 mais violentas do mundo.

As eleições nacionais no próximo mês dão ao Brasil a chance de começar de novo. No entanto, se tudo parece possível, a vitória vai para Jair Bolsonaro, para populistas de direita, eles correm o risco de tornar tudo pior. Sr. Bolsonaro, cujo nome do meio é Messias, ou “Messias”, promete a salvação; Na verdade, sou uma ameaça para o Brasil e para a América Latina.

Sr. Bolsonaro é o último representante de um desfile de populistas-de Donald Trump na América, Rodrigo Duterte para nas Filipinas e uma coalizão de esquerda-direita com Matteo Salvini na Itália. Na América Latina, Andrés Manuel López Obrador, em massa de esquerda, tomará posse no México em dezembro. O Sr. Bolsonaro seria uma adição particularmente boa ao clube (ver Briefing). Se ele vencesse, poderia colocar em risco a própria sobrevivência da democracia no maior país da América Latina.

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Na pior recessão de sua história do Brasil, o PIB por pessoa encolheu 10% em 2014-16 e ainda não se recuperou. A taxa de desemprego é de 12%. O cheiro da elite do self-dealing e da corrupção é outra queixa – e no Brasil é um fedor. As investigações interligadas conhecidas como Lava Jato (Car Wash) desacreditaram toda a classe política. Dezenas de políticos estão sob investigação. Michel Temer, que se tornou presidente do Brasil em 2016 depois de derrubar Dilma Rousseff, está fazendo de tudo para evitar o julgamento pelo Supremo Tribunal, inclusive tentando poupar o Congresso. Luiz Inácio Lula da Silva, outro ex-presidente, foi preso por corrupção e impedido de concorrer às eleições. Os brasileiros dizem aos pesquisadores que as palavras mais ditas são “corrupção”, “vergonha” e “decepção”.

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