
Nonato Menezes
A Estrela já tem mais de um ano que foi encarcerada, mas a luz não apagou. O debate político, a despeito do Bozo e quejandos, sempre orbitou em torno dela. Intenso, vibrante e esperançoso.
Em seu novo capítulo, o debate agora é sobre o semiaberto, “generosamente reconhecido e defendido” pelos procuradores da lava-jato.
Há quem diga ser uma isca, a qual Lula não deve morder; por parecer um atalho a provável e breve decisão do STF a seu favor. Uma iniciativa da quadrilha de Curitiba, portanto, para tentar remediar o irremediável, já que esses procuradores são todos, no mínimo, suspeitos.
Também, tem quem defenda a aceitação imediata do semiaberto, defesa feita, inclusive, pela família de Lula.
Aceitando, Lula teria condições efetivas de defender os interesses da Nação, ora sendo destroçados pelo governo das milícias.
Esta defesa associa-se ao fato de o regime semiaberto não impedir a luta pela anulação da farsa processual e reconhecimento de sua inocência.
Creio que todos estes argumentos são válidos. Em todos eles há nuances de verdades. O que não impede o máximo de cuidado ao se aceitar qualquer um deles, justamente porque sabemos o nível do atoleiro jurídico o qual estamos metidos.
Dúvidas não há, evidentemente, sobre ser melhor a progressão da pena no semiaberto do que no regime fechado, ainda que uma decisão mais promissora esteja à vista.
Mas o que devemos considerar, para efeito de análise dessas novas circunstâncias, é o fato de os ventos políticos terem dado verdadeiras cambalhotas em tão pouco tempo, com mudanças de rumo até certo ponto inesperado.
Uma reviravolta política tão intensa que nocauteou os golpistas e deixou nossa “mídia de cativeiro” com cara de paisagem. Tempestade agitada por um jornalista competente e de muita coragem, cuja gratidão; os progressistas, democratas e defensores do Estado de Direito não lhes podem negar.
Parabéns, Glenn Greenwald!
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