Ao assumir o seu papel no Escritório do Crime, Moro sonhou alto: controlar a PF, as investigações, ter a família nas mãos, sem ameaças de punição mas com as condições de afastá-los na hora certa e erguer à patuleia, o grito de herói nacional!
Nos anos 30, em Nova York, o italiano mais famoso da Basilicata, Johnny Torrio, idealizou o Sindicato do Crime. Era considerado o gênio do mal. Sonegação, cargas clandestinas de bebidas, prostituição, armas, drogas. Era conhecido por The Fox, dada a alta inteligência e astúcia para o crime. Acumulava mais de 700 milhões de dólares/ano.
Al, jovem emigrante italiano, seu fiel escudeiro, sonhava com aquele império. E conseguiu, dado a desistência de Johnny, após um atentado que, apesar de muito ferido, sobreviveu. Voltou para a velha Itália e entregou tudo a Al .
Scarface, o siciliano que se mudou para Chicago, passou a ser um pequeno príncipe do submundo e dos salões da burguesia. Era o mito Al Capone, senhor absoluto de Chicago em sete longos anos .
Nem Lucky Luciano tinha tanto prestígio, apesar de igualar-se em dinheiro e exibição. Quem conhece o Hotel Nacional de Cuba, pode entender melhor .
A familícia do Rio de Janeiro não encontrou, por acaso, essa sugestiva grife de Sindicato do Crime, escolhendo o capitão Adriano Nóbrega para gerenciar. Queiroz, braço no legislativo, no Orçamento público, era o contato no mundo oficial do Escritório.
A desconfiança nos atores, sempre marcando a atuação. Descartando rápido, quem ousasse atrapalhar os negócios .
A atuação de Moro, ainda que oriundo da côrte federal de justiça, seria o grande alento ao Escritório de Adriano e da família Capone .
Tratando-se de cafajeste, sem escrúpulos, foi logo cooptado pelo braço criminoso, com a ideia de herói nacional e sócio privilegiado do narcoestado.
A grande obra, esperada e desejada por todo o clã, acertada no submundo das sentenças forjadas e combinadas na Lava Jato, seria o afastamento e encarceramento de um certo presidente que sonhava em acabar com a dependência dos pequenos comerciantes aos agentes do narcotráfico e do Sindicato do Crime.
Ao assumir o seu papel no Escritório do Crime, Moro sonhou alto: controlar a PF, as investigações, ter a família nas mãos, sem ameaças de punição - exemplo de generosidade, com o arquivamento da investigação da cocaína em avião presidencial - mas com as condições de afastá-los na hora certa e erguer à patuleia, o grito de herói nacional!
Mas a inquietação do clã não confia mais no mocinho mal informado das "mãos limpas" .
O imponderável, marca mais contundente da política, aconteceu!
Nesse jogo de gangsters provincianos, forjados em Rio das Pedras e Maringá, candidatura presidencial não pode fugir ao controle miliciano. Há limites no xadrez. O Rei pode ficar nu, mas tem que ser protegido. E o número 2 não é Moro.
As novas peças do tabuleiro da sofisticação das milícias, uma vez expostas, abrem caminhos luminosos para o julgamento da farsa contra o Presidente Lula.
Esperemos que o STF esteja à altura do seu papel no resgate da República Federativa do Brasil, retirando-a do controle do crime organizado e seus atores no judiciário, para devolver aos 200 milhões de brasileiros!
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