O Planet fornecerá mapas de base de alta resolução de todos os trópicos, cobrindo mais de 64 países em desenvolvimento, com atualização mensal.
Por Luis Nassif
A brincadeira cara do Ministério da Defesa e da Polícia Federal, de terem um satélite para chamarem de seu, acabou. O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) teve queda de financiamento para atender aos desejos da ala policial do governo.
A brincadeira acabou. Ontem, o Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega assinou um contrato com a Kongsberg Satellite Services (KSAT), que, juntamente com a Planet e a Airbus , fornecerá acesso universal ao monitoramento de alta resolução por satélite dos trópicos.
Através dessa coalisão, as três organizações disponibilizarão novas tecnologias para a Iniciativa Internacional de Clima e Florestas da Noruega (NICFI). É um contrato de 37 milhões de euros para proteger as florestas tropicais do mundo.
O Planet fornecerá mapas de base de alta resolução de todos os trópicos, cobrindo mais de 64 países em desenvolvimento, com atualização mensal.
Qualquer pessoa poderá utilizar os dados, até o vice-presidente Hamilton Mourão, responsável pelo monitoramento da Amazonia, e que recentemente acusou funcionários do INPE de vazar informações – mesmo sabendo que as informações eram públicas. O que comprovou que uso de informações falsas é um estilo de governo que transcende Bolsonaro
A partir de meados de outubro, qualquer pessoa poderá baixar os mapas-bases mensais prontos para análises por meio da plataforma de imagens de satélite online da Planet, o Planet Explorer.
A Airbus também fará parte da equipe, contribuindo com seu acervo de imagens SPOT de alta resolução. Os satélites da Airbus foram relevantes para o uso comercial de imagens de satélite permitindo a cobertura de grandes áreas em tempo recorde.
A Airbus Defense monitora a terra há mais de trinta e cinco anos. Segundo François Lombard, chefe de Negócios de Inteligência da Airbus Defesa e Espaço, “nosso arquivo SPOT 5 permitirá aos usuários voltar no tempo e entender os processos que levaram à situação atual, a fim de ajudar a evitar que aconteçam novamente no futuro.”
Embora a Global Forest Watch esteja fornecendo acesso a dados geoespaciais ao público por meio do contrato do NICFI, ela também está trabalhando com a Autoridade de Desenvolvimento Florestal na Libéria, Associação de Conservação da Amazônia (ACA) e muitos mais.
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