Segundo as pesquisas, nenhum deles será eleito.
Mas é preciso que o país reflita sobre o que militares e policiais estão fazendo para transformar o poder político em área sob seu controle.
Em 14 das 27 capitais brasileiras, 18 delegados, coronéis, majores e capitães apresentaram-se como candidatos aos governos municipais. Compare: que usassem o título de “professor”, em todas as capitais, havia apenas dois.
E, quase em todos os casos, representando partidos de extrema-direita, com o discurso da ordem, da moralidade e da repressão.
Otoridades.
Felizmente, desta vez, sem o sucesso do aventureiro juiz Wilson Witzel, que ganhou o governo do Rio de Janeiro apadrinhado pelos filhos de Jair Bolsonaro e deu no desastre que deu.
Apenas dois foram ao segundo turno – o Delegado Eguchi, em Belém, e o Capitão Wagner, PM amotinado de Fortaleza – e estão atrás nas pesquisas finais.
Ainda bem que o resultado ajuda a que se aprove a emenda constitucional que estende o prazo de desincompatibilização para que juízes, promotores e policiais possam se candidatar a cargos eletivos.
O uso da máquina repressiva com finalidades eleitorais, que virou moda no Brasil, é um câncer para a democracia.
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