(Foto: ABr | Reuters)
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O descalabro da atuação do general-ministro da Morte Eduardo Pazuello em Manaus contribuiu para o agravamento da propagação de variantes do coronavírus pelo Brasil inteiro.
Variantes encontradas exclusivamente em Manaus no início do ano agora já estão espalhadas por todo país. São cepas mais agressivas e mais transmissíveis, que causam adoecimentos mais graves e em todas faixas etárias e, portanto, potencializam o morticínio.
É difícil confirmar se foi mais uma escolha macabra planejada meticulosamente, no marco da “estratégia oficial de propagação do coronavírus” adotada pelo governo brasileiro, como denunciado na pesquisa do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário [CEPEDISA] da Faculdade de Saúde Pública USP e da ONG Conectas Direitos Humanos.
A transmissão das variantes originárias de Manaus fatalmente ocorreria, devido à irresponsável liberalidade de circulação e trânsito humano entre as cidades e regiões, a despeito de todos alarmes sobre a gravidade da situação que recomendavam restrições severas não adotadas pelo governo federal.
Entretanto, a velocidade e a intensidade de propagação das variantes de COVID de norte a sul do país deriva, em grande medida, das transferências atabalhoadas de pacientes graves de Manaus para outras capitais, numa busca desesperada por leitos de UTI.
Transferências essas feitas sob os auspícios da “genialidade logística” do general-ministro da Morte – sem precauções, sem os devidos cuidados e sem estratégias para redução de riscos biológicos.
Dia a dia o Brasil é assombrado com a superação de recordes das taxas de transmissão, de mortes e de adoecimentos diários, ao mesmo tempo em que a capacidade assistencial da saúde está totalmente estressada e à beira do colapso.
O lugar de onde menos se pode esperar alguma reação institucional adequada – o ministério da saúde – é, ao contrário disso, o bunker de disseminação do COVID. Se o ministério atuasse em outra direção, centenas de milhares de mortes por COVID teriam sido evitadas.
O CEPEDISA/USP documentou porque o genocídio decorrente da estratégia institucional de disseminação do coronavírus é o projeto oficial do governo militar.
O general-ministro da Morte Eduardo Pazuello, com a gestão irresponsável da crise em Manaus, espalhou a bomba biológica por todo país. É a barbárie que segue sua evolução “natural”.
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