terça-feira, 24 de maio de 2022

Não há outra saída senão a guerra

Ilustração original de Mr. Fish: “No Guts No Glory” - “Sem Tripas Não Há Glória” (Foto: Mr. Fish)

A guerra permanente canibalizou os EUA. Ela criou um charco social, político e econômico. Cada novo fiasco militar é mais um prego no caixão da Pax Americana

Por Chris Hedges, originalmente publicado no The Chris Hedges Report

Traduzido e adaptado por Rubens Turkienicz com exclusividade para o Brasil 247

Os Estados Unidos, assim como ilustra o próximo voto unânime no Congresso dos EUA para prover US$ 40 bilhões em ajuda à Ucrânia, está preso na espiral da morte do militarismo incontrolável. Não há trens de alta velocidade. Não há serviços universais de saúde [pública]. Não há um programa viável de assistência contra o Covid. Não há suspensão temporária para a inflação de 8,3% ao ano. Não há programas de infraestrutura para consertar as estradas e pontes em decadência – que requerem US$ 41,8 bilhões para arrumar as 43.586 pontes com deficiências estruturais que tem 68 anos de idade, em média. Não há perdão para os US$ 1,7 trilhões em dívidas estudantis. Não se aborda a inequalidade de renda. Não há um programa para alimentar as 17 milhões de crianças que vão para a cama com fome a cada noite. Não há um controle racional das armas, nem de inibir a epidemia de violência niilista e as matanças em massa. Não há ajuda para os 100.000 estadunidenses que morrem a cada ano de overdoses de drogas. Não há um salário mínimo de US$ 15/hora como compensação para os 44 anos de estagnação salarial. Não há uma trégua nos preços de combustíveis que estão projetados para chegar a US$ 6 por galão (equivalente a 3,78 litros).

A permanente economia de guerra implantada desde o fim da Segunda Guerra Mundial destruiu a economia privada, levou a nação à falência e desperdiço trilhões de dólares dos dinheiros dos contribuintes. A monopolização do capital pelos militares elevou a dívida pública estadunidense a US$ trilhões, US$ 6 trilhões a mais do que o PIB dos EUA de US$ 24 trilhões. Pagar o serviço [juros] desta dívida custa US$ 300 bilhões por ano. Nós [os EUA] gastamos mais nas forças militares – US$ 813 bilhões para o ano fiscal de 2023 – do que os nove países seguintes combinados, incluindo a China e a Rússia.

Estamos pagando um preço social, político e econômico pesado pelo nosso [dos EUA] militarismo. Washington assiste passivamente enquanto os EUA apodrece moralmente, politicamente, economicamente e fisicamente – enquanto a China, a Rússia, a Arábia Saudita, a Índia e outros países livram-se da tirania do dólar estadunidense a da SWIFT (International Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication – Sociedade Internacional para Trocas Bancárias Mundiais e Telecomunicação Financeira), uma rede de mensagens que os bancos e outras instituições financeiras usam para enviar e receber informações – como instruções de transferências de dinheiro. Uma vez que o dólar dos EUA deixe de ser a moeda mundial de reserva, uma vez que haja uma alternativa ao SWIFT, isso precipitará um colapso econômico interno [nos EUA]. Isto forçará a imediata contração do império estadunidense, fechando as suas quase 800 instalações militares no estrangeiro. Isto sinalizará o fim da Pax Americana [sic].

Democrata ou Republicano. Não faz diferença. A guerra é a raison d'état do estado. Gastos militares extravagantes são justificados em nome da “segurança nacional”. Os quase US$ 40 bilhões alocados para a Ucrânia – a maior parte disto indo para as mãos dos fabricantes de armamentos, como a Raytheon Technologies, General Dynamics, Northrop Grumman, BAE Systems, Lockheed Martin e Boeing – são só o começo. Os estrategistas militares – os quais dizem que a guerra será longa e prolongada – estão falando sobre infusões de US$ 4-5 bilhões por mês em ajuda militar para a Ucrânia. Estamos enfrentando ameaças existenciais. Mas estas não importam. O orçamento proposto para os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC – Centers for Disease Control and Prevention) é de US$ 10,675 bilhões. O orçamento proposto para a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA – Environmental Protection Agency) é de US$ 11,881 bilhões. Só a Ucrânia recebe mais do que o dobro daquele valor. A pandemia e a emergência climática são reflexões secundárias. Tudo que importa é a guerra. Esta é a receita para o suicídio coletivo.

Havia três limitações à avareza e a sede de sangue da economia de guerra permanente – limitações que não existem mais. A primeira limitação era a antiga ala liberal do Partido Democrata, liderada por políticos como o Senador George McGovern, Senador Eugene McCarthy e o Senador J. William Fulbright – que escreveu o livro 'The Pentagon Propaganda Machine' (A Máquina de Propaganda do Pentágono). Os auto-identificados progressistas, uma minoria pífia no Congresso atual – desde Barbara Lee, que foi o único voto na Câmara e no Senado dos EUA a opor-se a uma ampla e autorização sem limite máximo que permitiu ao presidente fazer a guerra no Afeganistão ou em qualquer outro lugar, até Ilhan Omar, que agora está fielmente alinhada a financiar a próxima guerra por procuração. A segunda limitação eram as mídias independentes e a academia, incluindo jornalistas como I.F. Stone e Neil Sheehan, junto com estudiosos como Seymour Melman – autor dos livros 'The Permanent War Economy' [A Economia da Guerra Permanente] e 'Pentagon Capitalism: The Political Economy of War' [O Capitalismo do Pentágono: A Economia Política da Guerra]. A terceira e talvez a mais importante limitação era um movimento organizado contra a guerra encabeçado por líderes religiosos como Dorothy Day, Martin Luther King Jr. e Phil e Dan Berrigan, bem como grupos como os Estudantes por uma Sociedade Democrática (SDS – Students for a Democratic Society). Eles entenderam que o militarismo irrestrito era uma doença fatal.

Nenhuma dessas forças de oposição – que não reverteram a economia de guerra permanente, porém inibiu os seus excessos – existe agora. Os dois partidos das classes dominantes foram comprados pelas corporações, especialmente pelos empreiteiros militares. A imprensa é anêmica e obsequiosa para com a indústria da guerra. Os propagandistas a favor da guerra permanente – largamente oriundos dos 'think tanks' [centros de estudos] que são prodigamente financiados pela indústria da guerra, juntamente com ex-autoridades militares e dos serviços de inteligência – são citados com exclusividade, ou são entrevistados como especialistas militares. O programa “Meet the Press” da NBC levou ao ar um segmento intitulado '13 de Maio', no qual autoridades do Centro por uma Nova Segurança Americana [sic] (CNAS – Center for a New American Society) simulou o quê pareceria uma guerra da China sobre Taiwan. A cofundadora do CNAS, Michèle Flournoy, que apareceu no segmento sobre jogos de guerra no programa “Meet the Press” e foi considerada por Biden para chefiar o Pentágono, escreveu em 2020 na revista [conservadora] Foreign Affairs que os EUA precisam desenvolver “a capacidade de ameaçar com credibilidade afundar todos os navios militares, submarinos e navios de marinha mercante da China no Mar do Sul da China dentro de 72 hours.

”O punhado de antimilitaristas e críticos do império da esquerda, como Noam Chomsky, e da direita, como Ron Paul, foram declarados como personae non grata pelas mídias complacentes. A classe liberal recuou para o ativismo de boutique onde as questões de classe, capitalismo e militarismo são descartadas pela “cultura do cancelamento”, o multiculturalismo e a política de identidades. Os liberais estão liderando a torcida pela guerra na Ucrânia. Pelo menos no início da guerra com o Iraque os viu [os liberais] juntarem-se a significativos protestos de rua. A Ucrânia é acolhida como a mais nova cruzada por liberdade e democracia contra o novo Hitler. Temo que haja pouca esperança de reverter ou de conter os desastres que estão sendo orquestrados a nível nacional e global. Os intervencionistas neoconservadores e liberais cantam em uníssono a favor da guerra. Biden nomeou três destes belicistas, cujas atitudes em relação à guerra nuclear são terrivelmente cavalheiras, para comandar o Pentágono, o Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Estado [dos EUA].

Já que tudo que fazemos é a guerra, todas as soluções propostas são militares. Este aventurismo militar acelera o declínio, como a derrota no Vietname e o desperdício de US$ 8 trilhões, como ilustram as guerras fúteis no Oriente Médio. Acredita-se que a guerra e as sanções aleijarão a Rússia – rica em gás e recursos naturais. A guerra, ou a ameaça de guerra, conterão a crescente influência econômica e militar da China.

Estas são fantasias dementes e perigosas, perpetradas por uma classe dominante que se separou da realidade. Não mais capazes de salvar a sua própria sociedade e economia, eles buscam destruir as sociedades e economias dos seus competidores – especialmente a Rússia e a China. Uma vez que os militaristas aleijem a Rússia, segundo o plano, eles focalizarão na agressão militar à região do Indo-Pacífico, dominando aquilo que Hillary Clinton, como secretária de estado dos EUA, referindo-se ao Pacífico, chamou de “o Mar Americano” [sic].

Não se pode falar sobre a guerra sem falar sobre os mercados. Os EUA – cuja taxa de crescimento caiu abaixo dos 2%, enquanto a taxa de crescimento da China é de 8,1% - apelaram para a agressão militar a fim de reforçar a sua flácida economia. Se os EUA conseguirem cortar os fornecimentos de gás russo para a Europa, isso forçará os europeus a comprarem gás dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, as empresas estadunidenses ficarão felizes de substituir o Partido Comunista Chinês – mesmo que tenham que fazê-lo através da ameaça de guerra – a abrir um acesso irrestrito aos mercados chineses. Se a guerra for aberta com a China, isso devastaria as economias chinesas, estadunidense e globais, destruindo o livre comércio entre os países, como na Primeira Guerra Mundial. Mas isto não significa que o mesmo não ocorra. Washington está tentando desesperadamente construir alianças militares e econômicas para repelir a ascensão da China, cuja economia, espera-se, ultrapasse a dos EUA, segundo o Centro de Pesquisas sobre Economia e Negócios do Reino Unido [CEBR – Centre for Economics and Business Research] até 2028. A Casa Branca disse que a atual visita de Biden à Ásia trata de mandar uma “mensagem poderosa” a Beijing e outros sobre o que o mundo parecerá se as democracias “juntem-se para dar forma às regras do caminho”. O governo Biden convidou a Coreia do Sul e o Japão a participarem na cúpula da OTAN em Madrid.

Porém, cada vez um menor número de nações – mesmo entre os aliados europeus – estão dispostos a serem dominados pelos EUA. O verniz de democracia de Washington e o suposto respeito aos direitos humanos e às liberdades civis estão manchados de tal maneira que são irrecuperáveis. O seu [dos EUA] declínio, com a China fabricando 70% a mais de manufaturados do que os EUA, é irreversível. A guerra é uma desesperada oração à Ave Maria, empregada por impérios moribundos ao longo da história, com catastróficas consequências. “Foi a ascensão de Atenas e o medo que essa instalou em Esparta que tornou inevitável a guerra”, Thucydides assinalou no seu livro 'A História da Guerra do Peloponeso' ('History of the Peloponnesian War').

Um componente-chave para a sustentação do estado permanente de guerra foi a criação de uma Força Inteira de Voluntários [nos EUA]. Sem conscritos, a carga de lutar guerras recai sobre os pobres, a classe trabalhadora e as famílias dos militares. Esta Força Totalmente Voluntária permite que os filhos da classe média – que lideraram o movimento contra a guerra no Vietname – evitem o serviço militar [obrigatório]. Ela protege as forças militares contra revoltas internas, realizadas pelas tropas durante a Guerra do Vietname, as quais comprometeram a coesão das forças armadas.

Ao limitar o conjunto das forças disponíveis, a Força Totalmente Voluntária torna impossíveis as ambições globais dos militaristas. Desesperados para manter ou aumentar os níveis de tropas no Iraque e no Afeganistão, os militares instituíram a política de impedir a perda [de combatentes] que estendeu arbitrariamente os contratos de engajamento ativo [nas forças militares dos EUA]. O termo de gíria usado para isto foi o 'backdoor draft' (conscrição pela porta dos fundos). O esforço para reforçar o número de soldados ao engajar também empreiteiros militares privados, teve um efeito negligenciável. O aumento do número de soldados não teria vencido as guerras no Iraque e no Afeganistão, mas a diminuta porcentagem daqueles que estavam dispostos a servir nas forças militares (apenas 7% da população dos EUA são veteranos de guerra) é um calcanhar de Aquiles não reconhecido para os militaristas.

“Como consequência disso, o problema de se ter guerras de mais e soldados de menos merece um sério escrutínio”, escreve o hisotirador e Coronel aposentado do Exército [dos EUA] Andrew Bacevich no seu livro 'After the Apocalypse: America's Role in a World Transformed' ('Após o Apocalipse: o Papel dos EUA num Mundo Transformado'). “As expectativas de que a tecnologia preenchesse a lacuna provê uma desculpa para se evitar de fazer as perguntas mais fundamentais: Será que os Estados Unidos possuem os meios militares para obrigar os adversários a endorsarem a sua alegação de serem a nação indispensável da história? E se a resposta for não – como as guerras pós-9/11 [os ataques às torres gêmeas em New York em 11 de setembro de 2001] e no Afeganistão e no Iraque sugerem, não faria sentido que Washington moderasse as suas ambições de acordo com isso?”

Como assinala Bacevich, a questão é um “anátema”. Os estrategistas militares trabalham a partir da suposição que as futuras guerras não se parecerão em nada com as guerras passadas. Eles investem em teorias imaginárias de futuras guerras que ignoram as lições do passado, assegurando assim [a ocorrência de] mais fiascos.

A classe política é tão autoiludida quanto os generais. Ela se recusa a aceitar a emergência de um mundo multipolar e o palpável declínio do poder estadunidense. Eles falam a desatualizada linguagem do excepcionalismo e o triunfalismo dos EUA, acreditando que estes têm o direito de impor a sua vontade como líder do “mundo livre”. No seu memorando de Guia do Planejamento de Defesa de 1992 (Defense Planning Guidance memorandum –, o subsecretário de Defesa [dos EUA] Paul Wolfowitz argumentava que os EUA devem assegurar-se que nenhuma superpotência rival surja de novo. Os EUA devem projetar a sua força militar para dominar perpetuamente um mundo unipolar. Em 19 de fevereiro de 1998, no show televisivo “Toda Show” da NBC, a Secretária de Estado Madeleine Albright deu a versão democrata da sua doutrina de unipolaridade. “Caso nós [os EUA] tivermos que usar a força, é porque nós somos estadunidenses; nós somos a nação indispensável”, disse ela. “Nós nos erguemos altaneiros e enxergamos o futuro mais longe do que outros países.”

Esta visão demente de uma supremacia global e sem rivais dos EUA – sem falar da [nossa, dos EUA] bondade e virtude sem rivais – cega os Republicanos e Democratas do 'establishment'. Os ataques militares que eles usaram eventualmente para afirmar a doutrina da unipolaridade, especialmente no Oriente Médio, espalhou rapidamente o terror jihadista e prolongou o estado de guerra. Nenhum deles viu isto chegando até que os jatos sequestrados bateram nas torres gêmeas do World Trade Center [em New York]. O fato que eles se agarram a esta alucinação absurda é o triunfo da esperança sobre a experiência.

Há uma profunda repugnância dentre o público [dos EUA] por estes arquitetos elitistas da Ivy League [as antigas universidades elitistas do nordeste dos EUA] do imperialismo estadunidense. O imperialismo foi tolerado quando era capaz de projetar poder no estrangeiro e produzir crescentes níveis de vida domesticamente. Ele foi tolerado quando se continha a fazer intervenções secretas em países como o Irã, a Guatemala e a Indonésia. Ele saiu fora dos trilhos no Vietname. As derrotas militares que se seguiram acompanharam um gradual declínio nos padrões do nível de vida, na estagnação dos salários, na infraestrutura que se desmoronava e, ao final, numa série de políticas econômicas e acordos comerciais, orquestrados pela mesma classe dominante, que desindustrializou e empobreceu o país.

Os oligarcas do 'establishment', agora unidos no Partido Democrático, desconfiam de Donald Trump. Ele comete a heresia de questionar a santidade do império estadunidense. Trump ridicularizou a invasão do Iraque como “Um grande e gordo erro”. Ele prometeu “nos manter fora da guerra infindável”. Trump foi repetidamente questionado sobre a sua relação com Vladimir Putin. Um entrevistador disse a Trump que Putin era “um assassino”. “Há muitos assassinos”, retorquiu Trump. “Você pensa que o nosso país é tão inocente?” Trump ousou falar uma verdade que deveria se manter indizível para sempre, como os militaristas venderam ao povo estadunidense.

Noam Chomsky foi atacado por assinalar, corretamente, que Trump é o “único estadista” que apresentou uma proposta “que faz sentido” para resolver a crise da Rússia-Ucrânia. A solução por ele proposta incluía “facilitar as negociações, ao invés de miná-las e indo adiante na direção de estabelecer algum tipo de acomodação na Europa... na qual não existem alianças militares, mas só uma acomodação mútua”.

Trump é desfocalizado e imprevisível demais para oferecer soluções políticas sérias. Efetivamente, ele estabeleceu um calendário para a retirada do Afeganistão, mas ele também aumentou a guerra econômica contra a Venezuela e reinstituiu as esmagadoras sanções contra Cuba e o Irã que haviam sido terminadas pelo governo Obama. Ele aumentou o orçamento militar. Aparentemente, ele flertou sobre executar um ataque de mísseis contra o México para “destruir os laboratórios de drogas”. Mas ele reconheceu um desgosto pela má gestão imperial que ressoa com o público – o qual tem todo o direito de detestar os presunçosos mandarins que nos afundam em uma guerra após a outra. Trump mente como ele respira. E assim o fazem eles.

Os 57 senadores republicanos que se recusaram a apoiar o pacote de US$ 40 bilhões de ajuda para a Ucrânia, juntamente com muitos dos 19 projetos de lei que incluíam anteriores US$ 13,6 bilhões de ajuda para a Ucrânia, são oriundos do excêntrico mundo conspirativo de Trump. Assim como Trump, eles repetem a heresia dele. Também eles são atacados e censurados. Mas quanto mais Biden e a classe dominante continuarem a despejar recursos na guerra às nossas custas, mais estes protofascistas – que já estão preparados para varrer os ganhos dos democratas na Câmara e no Senado [federais dos EUA] neste outono – estarão em ascensão. Durante o debate sobre o pacote de ajuda à Ucrânia que não foi dado tempo à maioria dos membros para examinar com cuidado, [a senadora republicana] Marjorie Taylor Greene disse: “[Há] US$ 40 bilhões [para a Ucrânia], porém não há fórmula para bebês para as mães e bebês estadunidenses”.

Uma quantia desconhecida de dinheiro para a CIA e para a Ucrânia [foi incluída] no projeto de lei suplementar, porém não há fórmula [alimentos industrializados] para os bebês estadunidenses”, ela acrescentou. “Parem de financiar mudanças de regimes e golpes de lavagem de dinheiro. Um político dos EUA acoberta os seus crimes em países como a Ucrânia.”

O [senador] democrata Jamie Raskin imediatamente atacou Greene por papagaiar a propaganda do presidente russo Vladimir Putin.

Greene, assim como Trump, disse uma verdade que ressoa com um público sitiado. A oposição à guerra permanente deveria ter vindo da diminuta ala progressista do Partido Democrata – a qual infelizmente se vendeu à covarde liderança do Partido Democrata, para salvar as suas carreiras políticas. Greene é demente, porém Raskin e os democratas vendem a sua própria marca de demência. Nós pagaremos um preço muito alto por esta farsa.

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