quinta-feira, 9 de maio de 2024

A mídia é a alma do fascismo no Brasil


Márcia Dantas, do SBT (Foto: Reprodução)

"Meios de comunicação vivem para nutrir o ódio, a estupidez, a falta de caráter com desinformação e estigmas", diz Tiago Barbosa

Tiago Barbosa
brasil247.com/

Momentos de crise humanitária têm o condão de trazer à superfície as vísceras de atores sociais - e tanto virtude como podridão ficam impossíveis de disfarçar.

O que a mídia corporativa tem feito sob o caos no RS exala a degradação moral, ética, profissional e humana maquiada durante nos estertores da era bolsonaro.

Em poucas horas, a Folha acusou Lula de errar, demorar, o governo de mentir e entornou o caldo de fakes fabricadas por fascistas para agravar a calamidade.

O Globo endossou a patranha, ignorou desmentidos e legitimou a falsificação – o SBT embarcou na lorota de bloqueio a doações – hipótese por si só indigente.

Em um país com nível razoável de base humanitária e princípios civilizatórios, a mídia seria o espaço de serenidade para organizar dados e ajudar quem precisa.

Seria o ambiente de reflexão para saídas e políticas, denunciaria a mentira, ficaria ao lado da vida, dos flagelados, cobraria responsabilidades e conscientizaria.

Mas a conjectura é um delírio no Brasil onde a mídia é a alma do fascismo e vive para nutrir o ódio, a estupidez, a falta de caráter com desinformação e estigmas.

O fundo do poço da nossa desolação é um abismo porque quem devia ser pilar de bom senso e razão é cão de guarda do extremismo, da injustiça, da morte.

O país poderia ver no cuidado de Lula o contraste com a necropolítica dos anos recentes e semear a solidariedade como ponte a uma civilização menos cruel.

Mas os vermes parasitam a morte.

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