sábado, 21 de dezembro de 2024

Walter Benjamin e o marxismo, 100 anos depois

Imagem: WikiCommons.

Rafael Vieira

Em uma carta enviada 100 anos atrás, Walter Benjamin escrevia — para a perplexidade e estranhamento de seu principal amigo e confidente — sobre a “liberação vital e uma compreensão intensiva da atualidade de um comunismo radical”.1 O correspondente era Gershom Scholem, historiador da judaicidade.

Benjamin ocupa um lugar bastante singular dentro da tradição marxista, seja pela articulação de autores e temas bastante próprios, seja pelo esforço de expandir o marxismo para áreas até então pouco habituais. Retornar a alguns desses motivos pode ser um ponto de partida importante para apresentar algumas questões caras ao autor e que, em certo sentido, vêm sendo negligenciadas por parte de sua recepção contemporânea, para quem muitas vezes o marxismo torna-se uma espécie de excentricidade extemporânea. Entre parcela dos intérpretes (apesar das contratendências) predomina a imagem de Benjamin como um tipo de gênio melancólico incompreendido, dissociado de alguns problemas cruciais de seu tempo. Isso termina por apagar o senso de urgência que atravessa uma parte considerável de seus escritos. Voltar, portanto, a essas questões parece importante não somente para compreender alguns dos dilemas que levaram o filósofo ao marxismo, mas igualmente lidar com o tempo que os percebe — o nosso.

Apesar da amizade com Ernst Bloch, bem como a simpatia pela Liga Spartacus e por algumas figuras públicas da esquerda alemã, até 1924 Walter Benjamin pouco (ou nada) conhecia da obra de Marx propriamente dita. Isso pode ser atestado em um fragmento de 1921, intitulado “O capitalismo como religião”, talvez o único texto anterior a 1924 a mencionar o autor de O capital. Nesse escrito, que não chegou a ser preparado para publicação, Marx, Freud e Nietzsche são vistos como críticos modernos que não teriam conseguido romper completamente com a religião capitalista. Assim, comenta ele que “também Marx: o capitalismo impenitente se converte em socialismo com juros e juros sobre juros, que, como tais, são função da culpa/dívida (ver a ambiguidade demoníaca deste conceito)”2 — o termo alemão “Schuld” pode ser traduzido por “culpa” ou “dívida”, e é a essa ambiguidade semântica que o autor se refere na passagem.

Tais observações revelam desconhecimento sobre as elaborações marxianas a respeito da possibilidade do socialismo, e é possível que a origem do comentário tenha relação tanto com a vulgarização social-democrata, hegemônica entre alguns setores de esquerda no começo do século XX, quanto com a crítica anarquista a Marx. Apesar disso, o fragmento não deixa de conter algumas reflexões instigantes em outros momentos.

Com efeito, podem ser traçadas algumas aproximações entre as observações nele contidas e o conceito de fetichismo da mercadoria, especialmente o trecho em que Marx indaga sobre as sutilezas teológicas e metafísicas presentes na mercadoria. Talvez essas aproximações possíveis sejam a razão pela qual o conceito marxiano irá atraí-lo posteriormente, sendo desenvolvido por Benjamin sobretudo no trabalho sobre as Passagens — que o ocupa, entre idas e vindas, de 1927 até o fim de sua vida, em 1940. Mas o aspecto essencial desse conceito, que remete à produção da aparência de uma relação entre coisas para determinadas relações entre os seres humanos e os produtos do seu trabalho,3 definitivamente não está presente na breve nota de pesquisa de 1921.

É sobretudo a partir de 1924 que sua relação com o marxismo se altera. Nem sempre as metáforas utilizadas para explicar esse movimento são as melhores. Não se trata de uma “conversão” que se processa do nada, tampouco ocorre uma “adesão” acrítica às correntes dominantes da Segunda e da Terceira Internacional. Também não significa o abandono de temas e motivos de sua juventude “metafísica” nem da teologia. Em uma biografia publicada há dez anos, Howard Eiland e Michael Jennings mencionam que a opção de Benjamin pelo marxismo não ocorre no vácuo.4 É bem mais provável que seja a materialização de um conjunto de fatores que já o atravessavam.

No dia 1º de maio de 1927, Benjamin escreve algumas notas a respeito dos diários de sua estadia de aproximadamente dois meses na União Soviética. Nesse escrito, ele avaliará retrospectivamente seu próprio processo de radicalização política. Embora fale sobre toda uma “geração”5, suas anotações são também uma espécie de balanço autobiográfico.

A revolução frustrada na Alemanha é, de fato, um acontecimento muito importante em sua vida: é mais ou menos desse período que datam algumas notas sobre o Estado (como o fragmento 656) e a violência. É ainda nesse contexto que menciona, em carta a Ernst Schoen de setembro de 1919, o projeto de escrever sobre política7; e que o próprio tema passa a interpelá-lo em conversas do período — relativamente bem documentadas por Gershom Scholem em Walter Benjamin: a história de uma amizade.8

No curso de complexos episódios, entre fins de 1918 e 1921, Benjamin passa a identificar-se de forma mais decidida com o anarquismo e a escrever impactado por alguns acontecimentos conjunturais — expresso em textos importantes do período, como o ensaio “Crítica da Violência – Crítica do Poder”, publicado em 1921.9 Datam desse período também alguns textos e fragmentos sobre a política, mencionados em cartas e desaparecidos até hoje. Esse movimento de implicação conjuntural e radicalização política, impulsionados pela Revolução Alemã, são fundamentais para entender sua aproximação posterior ao marxismo.

É igualmente impossível não mencionar nesse processo Asja Lacis, a “revolucionária russa de Riga, uma das mulheres mais notáveis que já conheci”, como relata na já aludida carta a Scholem, de 7 de julho de 1924.10 Benjamin a conhece na ilha de Capri, para onde havia viajado com o objetivo de escrever sua tese de habilitação à docência. O crítico berlinense apaixona-se por ela, em uma paixão nem sempre correspondida e certamente mais intensa da parte dele do que dela. Mas são necessários alguns cuidados para abordar esse episódio. Scholem, tanto na correspondência trocada no período quanto depois, no livro sobre a amizade dos dois e mesmo em textos teóricos, parece sempre encarar com decepção o engajamento de seu amigo em relação ao marxismo. Parece, além disso, atribuir esse engajamento a uma espécie de cessão aos encantos de Lacis, atitude que não faria justiça à “missão filosófica” que atribuía a seu amigo. Em uma conferência de 1964, Scholem chega a afirmar que “é realmente certo que o giro em direção ao segundo grande objeto [além do judaísmo], a que queria dedicar sua experiência, a política marxista, teve lugar sob a franca influência de uma mulher”.11 O comentário é não somente inadequado diante do complexo de fatores que fazem com que Benjamin se torne um marxista, mas também reduz a dimensão política e intelectual de Lacis ao seu ser mulher.

Não é preciso negar a paixão de Benjamin por Lacis para reconhecer que ela tem uma importância decisiva em sua trajetória. Ambos chegaram a escrever juntos um texto, e é através do diálogo com ela que o crítico berlinense passa a aprofundar seu interesse pela pedagogia e pelo teatro infantis (a militante e intelectual letã era diretora teatral, e, após a Revolução Russa, viajou por algumas regiões do país promovendo atividades teatrais para crianças). Em finais dos anos 1920, esse diálogo culminaria na elaboração — a pedido de Lacis — de um pequeno e instigante “Programa de um teatro infantil proletário”.12 Como realça Jeanne Marie Gagnebin na introdução à edição recente de Rua de mão única,13 é através do contato com Lacis que Benjamin amplia seu interesse por determinadas vanguardas artísticas europeias daquele tempo, incluindo a russa, além de algumas tendências alemãs e francesas.

É também durante a estadia em Capri que Benjamin toma contato com História e consciência de classe, de György Lukács, fundamental em sua trajetória. Ele conhece o livro provavelmente através de uma resenha escrita por Ernst Bloch, que também esteve na ilha no período e lá se encontrou diversas vezes com Benjamin. O crítico berlinense já conhecia alguns escritos pré-marxistas do filósofo húngaro e havia acompanhado em parte sua participação na Comuna Húngara, por intermédio também de Bloch — um amigo em comum. É ainda provável que tenham se encontrado em Viena, em 1921.14 Mesmo envolvido com a redação de sua tese de habilitação à docência, o impacto produzido por História e consciência de classe é profundo. Escreve impressionado a Scholem em 16 de setembro de 1924 que “Lukács, partindo de considerações políticas, chega a formular postulados epistemológicos que me são muito familiares ou confirmadores, pelo menos em parte e talvez não tão amplamente como eu inicialmente supunha”.15

No prefácio de 1967 à obra, Lukács realiza uma autocrítica a respeito de um certo “messianismo revolucionário” presente nela.16 Curiosamente, esse deve ter sido, para Benjamin, um dos principais pontos de atração, reconhecendo no livro afinidades com algumas de suas reflexões sobre a filosofia da história. Pelo menos quatro aspectos de História e consciência de classe serão decisivos na trajetória benjaminiana: a análise dos fenômenos de reificação; a reflexão acerca da relação entre teoria e práxis; a luta de classes como categoria fundamental na apreensão da dinâmica histórica; e determinados traços da perspectiva sobre a revolução aí presente. Cinco anos depois do contato inicial, quando a crise de 1929 atravessava a Alemanha, Benjamin referia-se à obra como um dos “livros que permaneceram vivos”.17 Apesar das diferenças existentes entre os esforços de elaboração de uma estética materialista por parte de Benjamin e Lukács nos anos 1930, é possível afirmar que este livro exerceu uma influência muito importante em seu gesto de tornar-se marxista.

Esse tornar-se marxista é também fruto de uma avaliação conjuntural. Michael Löwy, em um de seus livros, permite uma associação bastante singular entre acontecimentos. Segundo ele, Benjamin, curiosamente, torna-se marxista em 1924, justamente no período em que a onda revolucionária que atravessou a Europa entre 1917 e 1923 havia perdido força.18 No exercício de um balanço daquele tempo, é provável que tenha identificado no movimento comunista, e no proletariado como sujeito histórico, as forças capazes de romper com aquele estado de coisas.

Esses “sinais comunistas” aguçados em 1924 — modo como o próprio Benjamin se refere ao processo em uma carta a Scholem de dezembro daquele ano19 — não significam, entretanto, o abandono completo do anarquismo anterior, como expõe em outra carta, de maio de 1926, ao seu amigo.20 Em um texto escrito alguns anos depois, ele discute que algumas frações do movimento surrealista apontam para possibilidades de uma vinculação entre a preparação metódica para a revolução, própria do movimento comunista, e uma certa sensibilidade para as oportunidades inesperadas das lutas de classes, o que para ele era um traço importante do anarquismo. Durante alguns anos, Benjamin irá considerar a filiação ao Partido Comunista, algo todavia nunca concretizado. Apesar disso, permaneceu como um marxista independente e manteve certa proximidade em relação a alguns personagens e iniciativas próximas do movimento comunista durante os anos finais da República de Weimar e, posteriormente, no exílio (o livro de Erdmut Wizisla sobre a amizade de Benjamin e Brecht oferece um bom panorama de suas posições a respeito da União Soviética, de suas críticas ao stalinismo e outros aspectos21).

Um outro fator presente na decisão de tornar-se marxista diz respeito a uma avaliação do perigo fascista naquele tempo histórico. A ação da extrema direita na Alemanha esteve presente em seu campo de visão durante a tentativa de golpe de Kapp, um tema indiretamente presente no fragmento “O direito de usar a violência”, de 1920.22 Sua viagem à Itália aguça essa preocupação.

A mesma carta a Scholem de setembro de 1924, em que elogia o livro de Lukács, se inicia abruptamente, rompendo os assuntos das cartas anteriores para descrever suas impressões sobre Mussolini, uma vez que sua estadia em Capri coincide com a visita do ditador à ilha. Nessa primeira impressão, Benjamin menciona a organização de um evento repleto de pompa e cerimônia, mas que não foi capaz de superar a frieza com que os habitantes da ilha lidavam com aquilo. Comenta que a imagem real de Mussolini contrasta com a dos cartões postais (que querem lhe fazer parecer um conquistador de corações), e caracteriza-o como uma figura desonesta, indolente e arrogante. Embora essas observações pessoais enfatizem seu horror diante daquilo que presenciou, elas ao mesmo tempo acabam atribuindo àqueles episódios um tom prioritariamente farsesco, subestimando em alguns momentos a dramaticidade daqueles eventos e o poder de Mussolini. É só durante seu retorno a Berlim — permeado por paradas em algumas outras cidades italianas — que ao horror da primeira impressão se incorpora uma sensação da ameaça fascista presente no cotidiano. Sua estadia de poucos dias em Florença coincide com festividades repletas de demonstrações de poder por parte do fascismo; depois disso, em Perugia, ele presencia as milícias fascistas fazendo juramentos ao rei.23

Esses elementos ampliam em Benjamin o sentimento de uma catástrofe vista como iminente, o que fez com que alguns escritos do período adquirissem, retrospectivamente, um tom até certa medida profético: em um texto de 1925, ele fala de uma “próxima guerra”24 à espreita, que seria caracterizada pelo amplo uso de gases e armas químicas (esse texto é também um contraponto crítico, estético e político ao entusiasmo belicista das principais frações do futurismo italiano, que aderiram ao fascismo). Muito provavelmente inspirado pelas passagens sobre a barbárie e as crises presentes no Manifesto do partido comunista, que tratam da possibilidade de eliminação de ambas as classes em combate, no fragmento “Alarme de incêndio” (que compõe Rua de mão única), ele trata da necessidade de que o proletariado soe um alarme de incêndio para que seja cortado o pavio antes que a centelha chegue à dinamite e coloque em risco a própria humanidade.

Esses aspectos ajudam a compor o mosaico de questões que o levam ao marxismo. A opção pelo marxismo é atravessada por um contexto, mas não pode ser resumida a ele. Ela é marcada pelo esforço de apreensão crítica de um conjunto de tendências do capitalismo, para o qual a obra de Marx estabelece parâmetros fundamentais. Sua opção está associada também a uma teoria vinculada, para ele, a um impulso para a práxis em tempos de crise, como menciona nas cartas de 16 de setembro de 1924 e, especialmente, de 29 de maio de 1926, ambas enviadas a Scholem — embora este impulso se manifeste de maneira bastante particular em sua trajetória sinuosa e complexa. Benjamin procura, ao longo dos anos posteriores, ler a obra de Marx na contramão de algumas leituras economicistas em vigor durante sua época. Encarava também o pensamento marxiano como “um admirável conjunto de conceitos que já surgiam com vocação para radicalizar a crítica à sociedade burguesa e impulsionar a revolução contra o capitalismo”, como lembra Leandro Konder no seu livro Em torno de Marx.25

Em seu exercício de ler Marx, Benjamin traz consigo temas e questões caras a determinadas tendências da tradição cultural judaica, pouco frequentes no marxismo até então — como a memória e a linguagem, por exemplo —, o que até hoje causa certo estranhamento. Mesmo após tornar-se marxista, ele não abandona uma certa concepção de judaicidade, que é simultaneamente crítica do sionismo já nos anos 1910. Se Marx e o marxismo não são as únicas influências existentes no seu pensamento, nem por isso deixou de procurar se inserir, ainda que de maneira própria, nessa tradição.

Suas contribuições mais evidentes ao marxismo, posteriores a 1924, situam-se no âmbito dos esforços de elaboração de horizontes para uma investigação materialista da estética, da arte e da cultura; além da tentativa de formulação de uma concepção de tempo capaz de expandir a crítica histórica de Marx e Engels. Esses dois aspectos mais evidentes, entretanto, não encerram outras possibilidades existentes em seus escritos para potencializar a teoria social que parte de Marx. As pesquisas benjaminianas sobre os processos de modernização capitalista nas cidades (a partir do caso paradigmático de Paris) têm permitido já há algum tempo abordagens instigantes sobre os fenômenos de urbanização. Além disso, em diálogo com a psicanálise freudiana, Benjamin procura ampliar os terrenos de investigação tradicionais da ideologia enquanto fenômeno, indagando tanto sobre os modos de subjetivação na era do capitalismo avançado quanto sobre os processos de formação da consciência e do inconsciente. Também a importância dada por Benjamin, em sua obra, ao fragmento e ao resíduo histórico repõe questões sobre a dialética entre o todo e as partes; mais um entre outros exemplos de possíveis contribuições benjaminianas ao marxismo. Diante da ascensão da extrema direita e de neofascismos, seus escritos sobre o fascismo (que compõem o que o historiador britânico David Renton chamou de “análises dialéticas do fascismo”26), têm sido recentemente revisitados à procura de chaves explicativas para lidar com as semelhanças e diferenças em relação aos casos “clássicos”. É verdade que os temas listados aqui ainda são minoritários, se comparados com a crescente literatura contemporânea existente sobre o autor. Ao mesmo tempo, a lista expõe campos de abertura presentes na obra benjaminiana para problemas que não se esgotam nela. Os escritos de Walter Benjamin seguem colocando perguntas para o nosso tempo, e para lidar com essas perguntas é preciso levar a sério tanto o tempo histórico do próprio autor como a sua complexa inserção na tradição que parte de Marx. Se por um lado as classes sociais e o capitalismo sofreram transformações ao longo do último século, tendo ainda especificidades em suas manifestações na periferia do sistema, por outro, ao mesmo tempo, essas relações não foram superadas historicamente, de modo que estamos ainda diante delas. É essa contradição que segue dotando de atualidade o retorno a Benjamin (e, claro, também a Marx).

Notas

  1. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 351. ↩︎
  2. Benjamin, Walter. “O capitalismo como religião”. In: O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013, p. 23. Ao mencionar a ambiguidade demoníaca do conceito, Benjamin refere-se ao termo alemão Schuld, que pode ser traduzido por culpa ou por dívida. ↩︎
  3. Marx, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. – Livro I. São Paulo: Boitempo, 2013, cap. 1, item 4. ↩︎
  4. Eiland, Howard & Jennings, Michael. Walter Benjamin: A critical life. Massachusetts: Harvard University Press, 2014, p. 207. ↩︎
  5. Benjamin, Walter. Gesammelte Schriften. Band 6. Frankfurt: Suhrkamp, 1991, p. 781. ↩︎
  6. Benjamin, Walter. O Anjo da História. Belo Horizonte: Autêntica, 2012, p. 27-28. ↩︎
  7. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 218-219. ↩︎
  8. Scholem, Gershom. Walter Benjamin: A história de uma amizade. São Paulo: Perspectiva, 2008. ↩︎
  9. Benjamin, Walter. “Crítica da Violência – Crítica do Poder”. In: Documentos de Cultura – Documentos de Barbárie: Escritos escolhidos. São Paulo: Cultrix/USP, 1986. Tradução de Willi Bolle. Benjamin, Walter. “Para uma crítica da violência”. In: Escritos sobre mito e linguagem. São Paulo: Editora 34, 2011. Tradução de Ernani Chaves.  ↩︎
  10. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 351. ↩︎
  11. Scholem, Gershom. “Walter Benjamin”. In: Los nombres secretos de Walter Benjamin. Madrid: Editorial Trotta, 2020, e-book [epub], entrada 22. Conferência pronunciada em 1964 no Institut für Sozialforschung de Frankfurt e no Leo Baeck Institute de Nova York. ↩︎
  12. Benjamin, Walter. “Programa de um teatro infantil proletário”. In: Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Editora 34, 2009, p. 111-119. ↩︎
  13. Gagnebin, Jeanne Marie. “Introdução”. In: Benjamin, Walter. Rua de Mão Única. São Paulo: Editora 34, 2023. ↩︎
  14. Ver a carta de fins de junho de 1921 a Scholem. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 263. ↩︎
  15. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 355. ↩︎
  16. Lukács, Georg. História e Consciência de Classe. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 11. ↩︎
  17. Benjamin, Walter. “Livros que permaneceram vivos”. In: O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013. ↩︎
  18. Löwy, Michael. Romantismo e Messianismo: Ensaios sobre Lukács e Benjamin. São Paulo: Perspectiva, 2008, p. 146 e 169. ↩︎
  19. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 368. ↩︎
  20. Benjamin, Walter. Briefe I. Frankfurt: Suhrkamp, 1966, p. 426. ↩︎
  21. Wizisla, Erdmut. Benjamin e Brecht: História de uma amizade. São Paulo: EdUSP, 2013. ↩︎
  22. Benjamin, Walter. “O direito de usar a violência”. Revista Direito e Práxis, vol. 11, n. 03, 2020, p. 2091-2095. ↩︎
  23. Benjamin, Walter. “O direito de usar a violência”. Revista Direito e Práxis, vol. 11, n. 03, 2020, p. 2091-2095. ↩︎
  24. Benjamin, Walter. “As armas do futuro: Batalhas com cloroacetofenona, difenilamina, cloroarsina e sulfeto de dicloroetila”. In: O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013. ↩︎
  25. Konder, Leandro. Em torno de Marx. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 63. ↩︎
  26. Renton, David. Fascismo: História e Teoria. São Paulo: Usina, 2024. ↩︎


Ensaios sobre Brecht, de Walter Benjamin
Um diálogo extremamente atual entre duas grandes mentes do século XX. Uma coletânea única de ensaios sobre a obra dramática e poética de Bertolt Brecht. O filósofo conceitua o teatro épico, discute Marx e sátira, e revela trechos de sua intensa correspondência com Brecht exilado na Dinamarca.

O capitalismo como religião, de Walter Benjamin
Uma seleção reveladora dos escritos do filósofo, abordando desde o romantismo alemão até a crítica do capitalismo como religião, numa perspectiva que desafia a melancolia e busca indícios de transformação na história. Crítica radical da civilização capitalista-industrial moderna.

Walter Benjamin: aviso de incêndio, de Michael Löwy
Uma análise erudita das teses de Walter Benjamin sobre o conceito de história, revelando sua riqueza de ideias e influências. O autor destrincha a complexidade das ideias de Benjamin, que articulou influências contraditórias e construiu uma síntese das relações da humanidade com o tempo.

Em torno de Marx, de Leandro Konder
Refletindo sobre a vitalidade do pensamento marxiano, aborda a dimensão filosófica muitas vezes subaproveitada de Marx. O autor, figura central no marxismo brasileiro, dialoga sobre moral, religião, história e dialética, incluindo reflexões sobre Lukács, Adorno, Gramsci e outros.

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Rafael Vieira é professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro.



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