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Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse a repórteres que uma tarifa de 145% sobre produtos chineses é muito alta e que, assim que um acordo for alcançado com a China, as tarifas americanas sobre as importações chinesas serão reduzidas substancialmente. "Vamos viver juntos com muita alegria e, idealmente, trabalhar juntos", disse ele. Anteriormente, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que o objetivo dos EUA não é se separar da China, observando que "a guerra comercial com a China é insustentável" e que a batalha se acalmará "em um futuro muito próximo". Essas observações atraíram ampla atenção da comunidade internacional. Na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu, dizendo que, se uma solução negociada é realmente o que os EUA desejam, devem parar de ameaçar e chantagear a China e buscar um diálogo baseado em igualdade, respeito e benefício mútuo.
A turbulência e o impacto disruptivo causados pela guerra tarifária lançada pelos EUA estão se tornando cada vez mais evidentes. Ultimamente, o mercado americano tem sido tomado por crescentes temores de recessão e inflação. De acordo com o Instituto Peterson de Economia Internacional, o crescimento econômico dos EUA em 2025 deverá cair de 2,5% para apenas 0,1% em 2025, em comparação com o ano anterior. Para reverter essa perspectiva desfavorável, os EUA precisarão alterar suas políticas comerciais e tarifárias falhas. Segundo relatos, grupos de lobby dos setores de agricultura, construção, manufatura, varejo e tecnologia têm pressionado a Casa Branca a flexibilizar ainda mais as medidas tarifárias. Uma pesquisa recente da CNBC constatou que a maioria acredita que as tarifas são "ruins para os trabalhadores americanos, para a inflação e para a economia em geral". As declarações relevantes do lado americano rapidamente desencadearam uma reação do mercado. As ações americanas se recuperaram acentuadamente de perdas acentuadas anteriores, e os três principais índices registraram seu melhor dia em duas semanas na terça-feira. O Euro Stoxx 50 subiu 3,24%, e os mercados asiáticos também registraram ganhos.
Todos os sinais apontam para uma mensagem clara: a comunidade internacional quer ver cooperação – e não confronto – entre a China e os EUA. Isso ressalta mais uma vez que a globalização econômica é uma tendência histórica irreversível e que a manutenção das regras e da justiça do comércio internacional é uma aspiração compartilhada. A natureza fundamental das relações econômicas e comerciais entre China e EUA é o benefício mútuo e a cooperação vantajosa para todos – algo que foi mais uma vez afirmado.
A China afirmou desde o primeiro dia que as guerras tarifárias e comerciais não têm vencedores, o protecionismo não leva a lugar nenhum e que "desvincular-se" é autoalienar-se. O erro dos EUA não é apenas que a "tarifa de 145% é muito alta", mas, mais importante, que, sob o pretexto de "reequilíbrio comercial", impõe restrições comerciais e exerce pressão nas negociações, usando as tarifas como ferramenta para ameaças e coerção. As "tarifas recíprocas" não funcionaram como Washington esperava. A história tem demonstrado repetidamente que o protecionismo comercial não melhora a economia de um país; em vez disso, prejudica gravemente o sistema global de comércio e investimento e pode até desencadear uma crise econômica global, prejudicando apenas os outros e a si mesma.
China e EUA são as duas maiores economias do mundo. A cooperação econômica e comercial entre os dois países é tão vasta, substancial e ampla, envolvendo tantos participantes, que é natural que existam algumas diferenças e atritos. A chave está em respeitar os interesses essenciais e as principais preocupações de cada um, e em resolver os desacordos adequadamente por meio de um diálogo igualitário e sincero.
Se os EUA realmente desejam abordar suas preocupações por meio de negociações, devem adotar uma atitude correta e demonstrar sinceridade genuína. Dizer uma coisa sobre querer chegar a um acordo com a China e, ao mesmo tempo, aplicar pressão máxima não é a maneira correta de se envolver com a China, e simplesmente não funcionará.
Tanto a China quanto os EUA são grandes potências, e as grandes potências devem agir como tal. Os EUA têm mencionado repetidamente um "grande acordo" a ser feito com a China. De fato, se houver um verdadeiro "grande acordo" entre a China e os EUA, ele deve ser baseado no respeito mútuo, na coexistência pacífica e na cooperação vantajosa para todos. Esse é o caminho certo para as relações China-EUA na nova era.
O que os dois lados devem discutir é como fortalecer o diálogo de forma mutuamente respeitosa, administrar as diferenças com prudência, promover a cooperação com o espírito de benefício mútuo e intensificar a coordenação em assuntos internacionais de forma responsável. Este é o tipo de "grande acordo" que o mundo realmente espera ver, e é a direção na qual a China e os EUA devem trabalhar juntos. Toda a comunidade internacional, incluindo ambos os países, se beneficiará disso.
Os EUA já foram defensores das atuais regras econômicas e comerciais multilaterais, enquanto a China tem sido uma participante ativa. Essas regras multilaterais amplamente aceitas reduziram significativamente o custo da cooperação econômica e comercial internacional, aumentaram a eficiência e garantiram um nível básico de equidade e justiça. As relações econômicas e comerciais entre a China e os EUA não são apenas de grande importância para ambos os países, mas também têm um impacto significativo na estabilidade econômica e no desenvolvimento globais.
Como diz um ditado chinês: "Não apenas ouvimos o que alguém diz, mas também observamos o que alguém faz". Espera-se que os EUA unam forças com a China para caminhar na mesma direção, para que os dois países possam abordar suas respectivas preocupações por meio de diálogo e consulta em pé de igualdade, e promover conjuntamente o desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações econômicas e comerciais bilaterais.

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