O míssil russo de alcance ilimitado muda o jogo estratégico global.

Fontes: Rebelião


A Rússia anunciou no domingo que testou com sucesso o míssil de cruzeiro de longo alcance e propulsão nuclear apelidado de Burevestnik.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, General Valery Gerasimov, ficou encarregado de explicar os detalhes do lançamento ao chefe do Kremlin, Vladimir Putin, que aprovou a apresentação e ordenou que "os possíveis métodos de utilização fossem determinados" e que se iniciasse a preparação da infraestrutura necessária para colocá-lo em serviço.

O míssil também é manobrável, viaja a velocidade hipersônica e percorreu 14.000 km em 15 horas. O Burevestnik pode transportar ogivas nucleares táticas e estratégicas, e seu alcance permite lançá-las em qualquer ponto da Terra, já que seu alcance demonstrado de 14.000 km é próximo da circunferência terrestre. Por ser um míssil de cruzeiro manobrável, ele não pode ser interceptado, pois não se comporta como outros mísseis balísticos intercontinentais, que seguem uma trajetória previsível para interceptação, seja durante a ascensão ou a descida. Mísseis de cruzeiro manobráveis ​​não possuem trajetórias previsíveis e, portanto, não podem ser interceptados. O Burevestnik representa uma diferença substancial em relação a todas as outras potências nucleares, cujos sistemas de lançamento de longo alcance são sempre e exclusivamente mísseis balísticos.

Este sucesso na ciência militar russa deve trazer calma ao agitado e imprevisível presidente Donald Trump, que considera um confronto militar com a Rússia. Com igual realismo resignado, os políticos que tomam as decisões nas outras duas potências nucleares europeias (Reino Unido e França) devem agir, já que a Rússia não só as supera em possuir o maior arsenal de ogivas nucleares, como também, com este novo míssil de propulsão nuclear, dispõe de um modo de ataque que os Estados Unidos e as outras potências nucleares não possuem.

O Burevestnik deveria restaurar a sanidade daqueles que buscam continuar a guerra que desencadearam na Ucrânia com a intenção de provocar o colapso da Rússia por exaustão, a fim de se apoderarem à força de seus recursos infinitos.



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