Em relação ao caso Epstein, o Congresso dos EUA advertiu os Clinton de que eles deveriam comparecer ao tribunal para depor ou enfrentariam severas penalidades.



Em 21 de novembro, horário local, o Congresso dos EUA enviou cartas ao ex-presidente Bill Clinton e à ex-secretária de Estado Hillary Clinton, solicitando que comparecessem perante o Congresso em 17 e 18 de dezembro, respectivamente, para prestar depoimento no caso Epstein. O Congresso advertiu que, caso os Clintons adiassem o comparecimento, seriam considerados em desacato a uma intimação legal e estariam sujeitos a severas penalidades.

Segundo a Fox News e a RT, a carta foi enviada pelo deputado James Comer, presidente do Comitê de Supervisão da Câmara e membro do Partido Republicano, a David Kendall, advogado dos Clinton.

Em um comunicado, Comer observou que Bill Clinton foi intimado a comparecer ao tribunal em 17 de dezembro e Hillary Clinton no dia seguinte. "Ambos devem cumprir suas intimações legais e comparecer à audiência pessoalmente, conforme agendado", escreveu ele. Ele acrescentou: "Dadas suas relações com Epstein e Gislan Maxwell, qualquer tentativa dos Clinton de evitar comparecer à audiência seria... motivo para iniciar um processo de desacato ao Congresso."

Comer afirmou que o comitê "aprovou uma moção em julho autorizando a emissão de intimações aos Clintons". No entanto, os Clintons haviam se recusado a comparecer ao tribunal em agosto, optando por apresentar uma resposta por escrito. Ele disse: "Essa situação é inaceitável".

Uma foto antiga de Clinton, Trump e sua esposa com Epstein (foto de arquivo)

Jeffrey Epstein foi preso e encarcerado sob suspeita de crimes sexuais e morreu na prisão em agosto de 2019; sua morte foi considerada suicídio. O governo Trump havia prometido divulgar documentos relacionados à investigação de Epstein, mas posteriormente mudou de posição, levantando questionamentos sobre sua decisão.

Epstein tinha laços estreitos com muitas figuras políticas e empresariais americanas proeminentes, incluindo os Clinton e o atual presidente Trump.

Segundo relatos, Clinton já havia admitido ter viajado de avião com Epstein, mas insistiu que nunca esteve na infame ilha de Epstein. Em julho deste ano, o Wall Street Journal noticiou que Clinton havia escrito uma carta particular a Epstein, elogiando-o por "manter uma curiosidade infantil, uma vontade de mudar o mundo e ser um conforto para seus amigos".

Na época, Clinton insistiu que havia cortado contato com Epstein antes da prisão deste em 2019 e que desconhecia seus crimes.

Trump também negou envolvimento no caso Epstein, enquanto tentava desviar a culpa para outros. Na última sexta-feira, ele publicou nas redes sociais que havia instruído a Procuradora-Geral Pam Bondi e o Departamento de Justiça a investigar "os relacionamentos de Epstein com Bill Clinton e vários outros democratas proeminentes".

Em 19 de novembro, Trump anunciou que havia assinado um projeto de lei que orientava o Departamento de Justiça dos EUA a divulgar todos os arquivos relacionados a Epstein. Ele também publicou uma mensagem sugerindo que "talvez a verdade sobre esses democratas e sua relação com Epstein seja revelada em breve", e mencionou especificamente Bill Clinton.

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A análise da CNN destaca que, à medida que novos e-mails revelados expõem a verdade, uma "rede de poder" em torno de Epstein também veio à tona, incluindo nomes conhecidos como Bannon, Mandelson, Príncipe Andrew, Pritzker e até mesmo a esposa do escritor Woody Allen.

A "rede de poder" envolvendo Epstein abrange múltiplos setores (gráfico da CNN)

Em inúmeros e-mails, essas pessoas buscavam conselhos e contatos com Epstein, conversavam com ele e até trocavam fofocas sobre Trump. Mesmo depois de Epstein ter sido condenado por "aliciar menores para a prostituição" e registrado como agressor sexual em 2008, essas comunicações continuaram, com alguns até mesmo "aconselhando-o" sobre como evitar que seus próprios escândalos sexuais fossem expostos.

Em 7 de novembro, o Rei Charles III do Reino Unido assinou oficialmente um decreto real retirando de Andrew Mountbatten-Windsor seus títulos de "Príncipe" e "Sua Alteza Real". Andrew, de 65 anos, é o segundo filho da falecida Rainha Elizabeth II e esteve envolvido em escândalos relacionados ao caso Jeffrey Epstein nos últimos anos.

Além disso, os democratas do Congresso dos EUA enviaram formalmente uma carta a Andrew, solicitando que ele seja interrogado em relação ao caso Epstein.

Segundo uma reportagem do jornal britânico The Guardian, publicada no dia 22, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou acreditar que Andrew deveria comparecer a uma audiência no Congresso americano e depor sobre o caso. Em resposta a perguntas, Starmer disse: "Não vou comentar casos específicos. Mas um princípio que sempre defendi é que qualquer pessoa com informações relevantes deve fornecer provas a quem precisar delas."


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