(Hoje em Dia) - O governo federal anunciou, em reunião da
qual participaram representantes da área de logística e segurança dos 32 países
envolvidos, que o Brasil vai investir mais de um bilhão de reais, e mobilizará
170.000 homens das polícias, do exército e de segurança privada durante a
realização do evento, nas diversas cidades-sede, de 12 de junho a 13 de julho
deste ano.
Até mesmo vants e robots importados, especializados no
desmonte de bombas, serão utilizados. Andre Puis, um representante sul-africano
que participou da reunião declarou em entrevista a meios de comunicação
internacionais, que será dada grande
importância a medidas “antiterroristas”, principalmente em torno dos estádios
que receberão os jogos.
País sem inimigos declarados, onde convivem harmoniosamente
imigrantes de todo o mundo e que – graças ao princípio de não intervenção
consubstanciado em nossa constituição – não costuma se meter com a vida de
ninguém, é difícil acreditar que o Brasil possa ser atacado por “terroristas”
estrangeiros durante a Copa.
Neste momento, no entanto, há quem esteja, lá fora,
apostando forte em mudar os rumos da política exterior brasileira, jogando
nossa opinião pública contra o Mercosul e países como a Argentina e a
Venezuela, os únicos, além da China, com quem tivemos expressivos ganhos em nossa balança comercial
no último ano.
São esses mesmos países que tem procurado fomentar, de fora,
a onda de manifestações que começou com
a “Primavera Árabe” e que acham que podem se beneficiar com a sua propagação
para lugares como Kiev, Caracas ou São Paulo.
A Primavera Árabe, longe de levar a liberdade e a paz aos
povos do Oriente Médio e do Norte da África, acabou se transformando em um
indescritível pesadelo de assassinatos, estupros, tortura, fome, caos e
destruição, com milhares de mortos e milhões de refugiados, inclusive crianças,
que hoje vagam, expostas à própria sorte, pelos desertos da região e que se
afogam, em desesperada busca por uma vida ou futuro, tentando atravessar em
botes o Mediterrâneo.
Se ocorrer um ataque “terrorista” de grandes proporções,
durante a Copa do Mundo, no Brasil, ele certamente não será deflagrado por
povos ou organizações com os quais o Brasil nunca teve nenhum tipo de problema,
por ter mantido uma política exterior não alinhada e independente, como é o
caso dos palestinos, os libaneses, ou o Irã.
Estaremos, durante a Copa, no centro dos acontecimentos
mundiais. Será uma ocasião ideal para que eventuais interessados venham a fazer alguma coisa que possa levar o Brasil a ficar contra o que
antes se convencionava chamar de
Terceiro Mundo.
Essa é uma possibilidade que também não deve ser descartada,
por nossos setores de Inteligência e Segurança, durante a Copa, com relação a
riscos e perigos originados no exterior.
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