
(Hoje em Dia) - O mundo comemorou, ontem, na Polônia, os 70
anos da libertação (foto), por soldados da antiga União Soviética, do campo de
extermínio de Auschwitz, talvez o mais
terrível exemplo do exercício da discriminação e do mal, na história
humana, e da máquina de genocídio
nazista.
Auschwitz destacou-se, entre os outros e numerosos campos de
concentração e de extermínio.
Não pela perversidade de seus oficiais, dos guardas e dos
kappos, prisioneiros que controlavam as barracas em que se amontoavam, às
centenas, seres humanos esquálidos e
sub-alimentados, doentes e torturados pelas ameaças, as pancadas, o frio
e assombrados pela perda de seus pais, mulheres e filhos, assassinados, muitas
vezes, na sua frente, comuns a outras
sucursais do inferno, como Sobibor, Maidanek, Belsen e Treblinka.
Mas, principalmente, por sua escala inimaginável,
gigantesca, da qual tomava parte o campo vizinho de Birkenau, e pela
organização metódica, planejada, de suas instalações. Elas foram planejadas
para o roubo dos pertences, a exploração e a morte de milhares de pessoas por
dia, da recepção dos prisioneiros, em sua dantesca estação ferroviária, até sua
execução a tiros, por extenuação, espancamento ou em câmaras de gás, com a
posterior destruição do corpo em fornos crematórios, em uma especie de
matadouro tão bem organizado, que tudo era aproveitado, do ouro das jóias e dos
dentes, ao cabelo dos prisioneiros, usado para forrar botas de inverno.
O fato de o presidente Vladimir Putin, líder do país
herdeiro da URSS, potência que libertou Auschwitz, e venceu a batalha de
Berlim, derrotando a Alemanha Nazista e levando Hitler ao suicídio, não ter
sido convidado, é significativo.
Principalmente, quando se leva em consideração, que, na
cerimônia, como convidado, esteve
presente Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, país de origem de muitos dos
guardas que trabalhavam em Auschwitz, e em outros campos, auxiliando
prazeirozamente os SS nazistas, na vigilância, tortura e morte de milhares de
homens, mulheres e crianças das mais diferentes origens.
Na Ucrânia de hoje, desfilam orgulhosamente neonazistas, e
cresceram, vertiginosamente, depois da derrubada do governo que estava no poder
anteriormente, os ataques a judeus,
ciganos - dos quais milhares também morreram em Auschwitz - e outras
minorias.
Por mais que os revisionistas e deturpadores da história -
extremamente ativos nos últimos tempos -
insistam em equiparar russos e nazistas, a verdade é que quando um
criminoso nazista era capturado pelos soviéticos, ele era julgado, e na maioria
das vezes, condenado à morte ou a
pesadas penas de prisão, enquanto a maioria dos que foram apanhados pelos
norte-americanos e pelos alemães ocidentais, mais tarde, permaneceram impunes,
ou se tornaram colaboradores de organizações como a CIA durante a Guerra Fria
- morrendo gordos e velhos, na cama,
como não mereciam.
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