quarta-feira, 15 de maio de 2024

O NEGÓCIO DO JAIR - A História secreta do clã Bolsonaro (gota 08)


A primeira vez que um funcionário do Ministério Público do Rio de Janeiro esteve atrás de Fabrício Queiroz foi em 29 de novembro de 2018, uma semana antes da reportagem do Estadão. O oficial foi procurá-lo em um endereço no bairro da Praça Seca, também na Zona Oeste, para lhe entregar uma notificação: Queiroz estava sendo convocado a prestar um depoimento no dia 4 de dezembro de 2018.

A Bomba da Desdolarização: a Chegada do Ecossistema Monetário Descentralizado dos BRICS+


GIANLUIGI GUERCIA/Pool via REUTERS)

Preparem-se para o que talvez venha a ser a bomba geoeconômica de 2024: a chegada de um ecossistema monetário descentralizado

Pepe Escobar
brasil247.com/

Bem-vindos à Unidade – conceito que já foi discutido pelo grupo de trabalho de serviços financeiros e investimentos criado pelo Conselho Empresarial dos BRICS+, e que tem boas chances de se converter na política oficial dos BRICS+ já em 2025.

Segundo Alexey Subbotin, fundador da empresa Arkhangelsk Capital Management, e um dos idealizadores da Unidade, esse é um novo sistema de solução de problemas que trata da principal questão geoeconômica destes tempos turbulentos: uma crise global de confiança.

Vale tudo: o novo normal

Imagem de Hany Osman.

Quando Donald Trump puder frustrar o Estado de direito
e não ser tratado como um fora-da-lei.
Então eu suponho,
vale tudo.
Quando as IDF conseguem matar civis
e alegar que todos são lacaios terroristas,
então, Deus sabe,
vale tudo.

Algumas pessoas podem escapar impunes de qualquer coisa. Eles podem agarrar as mulheres pela genitália porque “deixam” ou, hipoteticamente, atirar em alguém na Quinta Avenida e não perder o apoio dos seus fãs. Menos hipoteticamente, eles podem violar múltiplas ordens de silêncio e ainda assim evitar a prisão. Eles podem fazer todas estas coisas – e muito mais – e ver o seu índice de aprovação aumentar nas sondagens.

“Estamos sendo roubados”: Requião vai à Justiça para reverter a privatização da Eletrobras


Requião e a Eletrobras (Foto: Eduardo Matysiak/Divulgação | Reuters)

Ex-governador do Paraná diz que ex-ministro de Bolsonaro Paulo Guedes comandou uma operação que lesou o governo “de uma forma brutal"

Joaquim de Carvalho
brasil247.com/

O ex-governador Roberto Requião entrou com ação popular para que a Justiça devolva à União o poder de voto na Eletrobras, perdido com a privatização realizada no governo Bolsonaro, quando Paulo Guedes era o ministro da Fazenda.

“O governo foi lesado de uma forma brutal, com essa negociata da Eletrobras. Ele tinha 65 por cento das ações. De repente, ele fica com 43 por cento das ações. E desses 43 por cento das ações, ele perde o direito de voto de 33 por cento, porque o Conselho de Administração faz modificações estatutárias”, disse, durante live no Brasil 247.

Unipolarismo em queda livre

Fontes: Rebelião

Da mesma forma que os paraquedistas se lançam em queda livre antes de abrirem o tecido que os prende, é assim que se encontram os Estados Unidos ao observar como algumas potências econômico-financeiras vêm avançando no planeta e cortando o unipolarismo que imposta após o desaparecimento da União Soviética.


Cada vez mais especialistas chegam a esta conclusão, enquanto Washington, vendo esse resultado aproximar-se, torna-se mais agressivo e tenta por todos os meios, especialmente militares, preservar os seus privilégios.

Nos dias de hoje, uma das declarações mais notáveis, não só pelo que diz mas pelo que representa por ser um acérrimo defensor do mais rançoso sistema capitalista, é a do Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, que afirmou: “Os Estados Unidos perderam o seu estatuto hegemônico, enquanto a China ascende à categoria de superpotência”.

Milei: o choque de realidade

Foto: Bloomberg/Erica Canepa

Apesar da tutela do agro e bancos, “projeto motosserra” do presidente argentino começa a ruir: perde apoio no Congresso, na classe média e dos governos de províncias. E, nas ruas, população precarizada mostra que resistirá aos desmontes

Por Aram Aharonian, no Other News | Tradução: Rôney Rodrigues

Alheio aos interesses, anseios e sofrimentos de 46 milhões de argentinos, o governo do presidente Javier Milei mais uma vez se chocou com a realidade e contra a sua própria arrogância. A greve geral de 8 de maio, após a gigantesca marcha dos estudantes contra a privatização da educação, e a deriva da Lei Ônibus no Senado anunciaram um ponto de inflexão no respaldo que o libertário teve até agora.

As regras da barbárie

Fontes: O Foguete para a Lua

Por Héctor Luis Saint-Pierre
rebelion.org/

O golpe final foi a ameaça do Congresso dos EUA ao Tribunal Penal Internacional (TPI) se este condenasse, como legalmente justificado, Benjamin Netanyahu pelos crimes atrozes cometidos e pelo genocídio ordenado contra o povo palestiniano. Mas sejamos realistas, a ONU já se recupera há algum tempo de tantos golpes recebidos. O primeiro desses golpes não passou despercebido aos analistas atentos. O milénio estava a terminar e o sistema internacional estava a instalar-se após 40 anos de bipolaridade durante a Guerra Fria. A URSS dissolveu-se para dar lugar a uma Rússia enfraquecida que deixou órfãos os países da sua órbita. Os Estados Unidos começaram, com a arrogância do “destino manifesto”, a ditar as regras que reformulariam o sistema em transição. Entre elas, e como divisor de águas, a caracterização maniqueísta do mundo entre o “bem” e o “mal”. Nesta transição, a NATO, criada como defesa contra o desmantelado Pacto de Varsóvia, revelou-se inútil e dispendiosa. Ele precisava de um novo inimigo e escolheu a Iugoslávia, que foi acusada de cometer abusos dos direitos humanos em Kosovo e punida com uma tempestade de fogo de 24/03 a 10/06 de 1999. A embaixada chinesa em Belgrado também foi bombardeada nestes ataques [1]. A agressão contra a Iugoslávia, membro da ONU, não teve inicialmente a autorização legitimadora da ONU, que teve que se apressar em autorizá-la post facto para evitar expor a sua obsolescência como mediadora de conflitos. Esta foi a sangrenta inauguração do regime internacional de regras ditado pelos Estados Unidos, que instrumentalizou a NATO como gendarme internacional autônomo da ONU.

Dias perfeitos – o peso do ordinário

Cena de "Dias perfeitos" de Wim Wenders/ Divulgação

Por ALEX ROSA COSTA*

“Dias perfeitos” expõe não as fissuras de pequenas belezas cotidianas, mas a rotina como forma de proteção contra o inesperado, o encontro, o outro, a reflexão

Quase todos os comentários e as análises que vi sobre Dias perfeitos enfatizam como o filme acentua a beleza das pequenas coisas do quotidiano, revelando um olhar capaz de perceber aquilo que passa desapercebido pelo olhar corriqueiro. Preciso discordar dessa leitura.