Do ex-deputado e ex-ministro
Brizola Neto, pioneiro deste blog, há seis anos, e transcrito do site do PDT:
“O ex-ministro e ex-deputado
Brizola Neto, do PDT, disse que lhe causou espanto, ao voltar ao Congresso,
após algum tempo, constatar que “a sanha dos entreguistas, que Brizola chamava
de vendilhões da pátria, voltou com toda força”.
Frisou que a iniciativa do ato
(da Frente Nacional de Defesa do Pré-sal), suprapartidário, era do PDT “fiel
depositário do legado trabalhista: que sempre combateu e nunca se dobrou ante
os interesses estrangeiros” sobre o Brasil. “Nós carregamos a história de
líderes que foram combatidos por estes interesses, porque tiveram coragem de
enfrentá-los, porque sabiam que não vale a pena ficar no poder a qualquer
preço”, argumentou Brizola Neto, frisando que esta era uma mensagem do PDT
dirigida inclusive para os atuais dirigentes do país.
Brizola destacou, também, na sua
participação, que a mudança no marco regulatório conduzida pelo presidente Lula
– a Lei da Partilha – foi uma retificação “ao regime de entrega” patrocinado
por Fernando Henrique Cardoso; embora ela fosse “aquém do monopólio estatal” de
Vargas, que viabilizou a construção da Petrobras nos anos em que vigorou.
“Causa-me espécie que nem este
mínimo avanço conquistado se queira preservar. Por isto, é importante que as
pessoas mostrem a sua cara neste momento. Preocupam-nos violências como a
cometida contra a Comissão do Senado criada para examinar o PLS-131, que teve
seus atos suspensos por ato discriminatório do presidente Renan – que
desconheceu a proporcionalidade e as indicações partidárias; e, ao que me
parece, com o único objetivo de colocar na comissão senadores alinhados à
entrega do patrimônio nacional”, argumentou.
Observou ainda que “neste momento
de crise política, tudo indica que as forças entreguistas se mobilizaram. Daí a
importância de atos como este – de resistência – para reverter a entrega do
patrimônio que pertence a todos os brasileiros”.
Brizola Neto explicou que “nunca
é demais a gente lembrar que o maior vazamento de óleo ocorrido no Brasil
aconteceu em um campo explorado pela Chevron, na Bacia de Campos; e ficou
provado que ele só aconteceu pela negligência da empresa, que só foi punida
pela Agência Nacional de Petróleo, porque a Comissão de Minas e Energia da
Câmara dos Deputados mobilizou-se para isto”.
Brizola Neto disse que os
brasileiros precisam ficar atentos à “exploração predatória” de seus campos de
petróleo, porque “esta a história do Brasil e da América Latina, continente
saqueado em seus recursos naturais pelas nações hegemônicas; com seu povo gasto
em um moinho de gastar gente – índios e negros, no passado – e agora milhões de
mestiços; em atividades econômicas que não tem como fim, destino, a nossa
Nação, o nosso povo”. (Foto Amarante)
Segundo o ex-deputado e ex-
ministro, “nós vivemos, nos gastamos como povo – porque nosso povo trabalhador
é explorado não para atender o continente sul-americano, mas para abastecer com
nossas riquezas naturais os países já ricos”.
A isenção do imposto de
exportação, a Lei Kandir, observou, afeta não só o petróleo que as
multinacionais extraem de nosso subsolo, como todas as exportações; e mostra a
incapacidade do Brasil de agregar valor aos produtos naturais que o Brasil
exporta.
“É fácil ser exportador de
commodities, com equilíbrio fiscal e apenas 20 ou 30% da população consumindo,
com altas taxas de desemprego e arrocho salarial. Mas quando se expande o
mercado interno, com valorização do salário mínimo e redução do desemprego, não
é possível mais um país produtor de matérias-primas sustentar o consumo de 60
ou 80% de sua população, como aconteceu recentemente no Brasil – com as
políticas de crédito e de consumo”. E concluiu:
– “A conta chegou. E agora, o
nosso caminho tem que ser o de enfrentamento pela soberania nacional; por que o
verdadeiro caminho do desenvolvimento passa pela educação pública de qualidade,
com todos os brasileiros bem alimentados e bem informados para poderem usufruir
da enorme riqueza do nosso país”.
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