
(Jornal do Brasil) - O Governo
tem seus defeitos - entre eles uma tremenda incompetência na divulgação da situação real do país - mas
também tem suas virtudes.
A maior parte da imprensa está
trombeteando, aos quatro ventos, o fato de que a dívida pública subiu 3,68% em
agosto, para 2.68 trilhões. Por que não dar a informação completa, e dizer que
o Brasil deve essa quantia, mas tem quase um trilhão e meio de reais, 1.48
trilhões, a câmbio de hoje, em reservas internacionais em caixa?
Reservas internacionais de 370
bilhões de dólares, cujo valor, em moeda nacional aumenta - já que o negócio é
divulgar grandes números - em contraposição ao que se deve em reais, a cada vez
que o dólar sobe?
Em um país normal seria também
interessante lembrar - em benefício do leitor e da verdade - que a dívida
líquida pública - que é o que o país verdadeiramente deve, descontando-se o que
tem guardado - caiu em quase 50% nos últimos 13 anos, depois do fim do governo
FHC, de mais de 60%, em dezembro de 2002, para aproximadamente 34% do PIB
agora.
Para efeito comparativo, nos
países desenvolvidos, essa dívida é quase três vezes maior, de mais de 80% em
média.
Quase da mesma forma que a dívida
pública bruta, a única a que se dá destaque, que em países como o Japão, a
Itália, os Estados Unidos, a França ou Inglaterra, duplica, ou é de quase o
dobro da nossa.
Essa é a realidade dos fatos que,
hipócrita e descaradamente, não são levados em consideração, por sabotagem e
outros interesses de ordem econômica e geopolítica, por agências envolvidas com escândalos e
multadas, em bilhões de dólares, por irregularidades, que, sem críticas ou
questionamento, são endeusadas e
incensadas, interesseiramente, pela
mídia conservadora nacional, como a
Standard&Poors, por exemplo.
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