A 4ª frota da marinha norte-americana faz manobras
militares na Zona Econômica Exclusiva brasileira (ZEE) e Forças Armadas
brasileiras não falam nada
A marinha norte americana vem realizando operações
do tipo FON (Freedom of Navigation, liberdade de navegação) nas águas
brasileiras, desafiando a soberania nacional. O governo dos EUA, que não é
signatário do tratado multilateral da Convenção das Nações Unidas que estipula
a distância de até 188 milhas (300 km) como zona comercial exclusiva do país
fronteiriço, e ratificado pela maioria dos países, não reconhece o direito
internacional.
A reativação da Quarta Frota, divisão da Marinha
norte americana que opera no Atlântico Sul desde 2008, reflete a nova etapa da
crise capitalista que avança em proporções gigantescas. O avanço da crise
aumentou as contradições entre os países atrasados e o imperialismo, ao mesmo
tempo em que intensificou também a dependência econômica nas duas direções.
Diante desse quadro, aumentaram as tendências golpistas nos países atrasados em
todo o mundo, com as tentativas do imperialismo de controlar diretamente a
economia no máximo de países que puder, pressionando cada vez mais os países que mantenham alguma independência em sua política.
As operações fazem parte da política Full Spectrum
Dominance (Domínio de Espectro Total) pelos EUA para pressionar o Brasil, que
tem em suas águas uma grande riqueza mineral: as jazidas do pré – sal,
avaliadas em um patrimônio da mais de U$ 9 trilhões; riqueza essa que está na
mira do imperialismo norte americano.
As manobras da Quarta Frota estão sendo realizadas
nas barbas das Forças Armadas brasileira sem que haja alguma reação. A Marinha
brasileira vem afirmando que “teve conhecimento dos navios de guerra dos EUA
que navegaram nas águas jurisdicionais brasileiras em 2014, inclusive
participando de exercícios com navios brasileiros, que foram divulgados pela
imprensa nacional à época e acompanhados pelo Comando de Operações Navais
durante o trânsito”. (Folha on line 30/10/15) Mas o porta-voz do Departamento
de Defesa americano, porém, afirma que os Estados Unidos “não notificam os
Estados costeiros quando conduzem manobras militares nas suas ZEE, porque a lei
internacional não requer” (idem)
O fato revela qual é a real política das Forças
Armadas brasileira: um serviçal do imperialismo norte americano. A defesa de
nacionalismo no atual momento de crise em apoio à tentativa de golpe da direita
no Brasil é mera fachada para enganar os mais incautos. Enquanto que representantes
das Forças Armadas vêm, sistematicamente se manifestando em relação à crise
política nacional, indicando que as Forças Armadas estão atentas à crise que
pode desenrolar para o “caos social” o que colocaria na ordem do dia a
necessidade da intervenção dos militares em nome de um suposto nacionalismo, o
imperialismo norte-americano invade as águas brasileiras em busca do controle
das reservas de petróleo nacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
12