quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Afronta à soberania nacional: Marinha norte-americana transita livremente nas águas brasileiras


A 4ª frota da marinha norte-americana faz manobras militares na Zona Econômica Exclusiva brasileira (ZEE) e Forças Armadas brasileiras não falam nada

A marinha norte americana vem realizando operações do tipo FON (Freedom of Navigation, liberdade de navegação) nas águas brasileiras, desafiando a soberania nacional. O governo dos EUA, que não é signatário do tratado multilateral da Convenção das Nações Unidas que estipula a distância de até 188 milhas (300 km) como zona comercial exclusiva do país fronteiriço, e ratificado pela maioria dos países, não reconhece o direito internacional.


A reativação da Quarta Frota, divisão da Marinha norte americana que opera no Atlântico Sul desde 2008, reflete a nova etapa da crise capitalista que avança em proporções gigantescas. O avanço da crise aumentou as contradições entre os países atrasados e o imperialismo, ao mesmo tempo em que intensificou também a dependência econômica nas duas direções. Diante desse quadro, aumentaram as tendências golpistas nos países atrasados em todo o mundo, com as tentativas do imperialismo de controlar diretamente a economia no máximo de países que puder, pressionando cada vez mais os países que mantenham alguma independência em sua política.                                                                                   

As operações fazem parte da política Full Spectrum Dominance (Domínio de Espectro Total) pelos EUA para pressionar o Brasil, que tem em suas águas uma grande riqueza mineral: as jazidas do pré – sal, avaliadas em um patrimônio da mais de U$ 9 trilhões; riqueza essa que está na mira do imperialismo norte americano.

As manobras da Quarta Frota estão sendo realizadas nas barbas das Forças Armadas brasileira sem que haja alguma reação. A Marinha brasileira vem afirmando que “teve conhecimento dos navios de guerra dos EUA que navegaram nas águas jurisdicionais brasileiras em 2014, inclusive participando de exercícios com navios brasileiros, que foram divulgados pela imprensa nacional à época e acompanhados pelo Comando de Operações Navais durante o trânsito”. (Folha on line 30/10/15) Mas o porta-voz do Departamento de Defesa americano, porém, afirma que os Estados Unidos “não notificam os Estados costeiros quando conduzem manobras militares nas suas ZEE, porque a lei internacional não requer” (idem)


O fato revela qual é a real política das Forças Armadas brasileira: um serviçal do imperialismo norte americano. A defesa de nacionalismo no atual momento de crise em apoio à tentativa de golpe da direita no Brasil é mera fachada para enganar os mais incautos. Enquanto que representantes das Forças Armadas vêm, sistematicamente se manifestando em relação à crise política nacional, indicando que as Forças Armadas estão atentas à crise que pode desenrolar para o “caos social” o que colocaria na ordem do dia a necessidade da intervenção dos militares em nome de um suposto nacionalismo, o imperialismo norte-americano invade as águas brasileiras em busca do controle das reservas de petróleo nacionais.

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