Nonato Menezes
O ano de 2015 será relembrado como o ano da crise no GDF.
Nos primeiros meses de governo a crise tinha sido criada
pelo governo anterior.
Quando culpar o governo anterior passou a não fazer mais
sentido, recorreu-se à crise em si.
A falta de dinheiro, na visão do governo, justifica o
descumprimento de acordos e drible na legislação.
Então, a crise é justamente por falta de dinheiro. Será?
A arrecadação prevista para 2015 era de R$ 14,2 bilhões em
tributos.
Até outubro foram arrecadados R$ 11,2 bilhões. Um acréscimo
de 2,9%, comparado com o mesmo período do ano anterior.
Para o caso específico da Educação.
Se (se!) o governo cumprir a Constituição, 25% do que foi
arrecadado, ou R$ 2,8 bilhões, serão destinados ao Ensino do Distrito Federal.
Tem mais.
R$ 1.652.807.782,38 foram repassados pelo Tesouro Nacional,
até novembro, como Transferência Constitucional do FUNDEB.
Do FNDE foram R$ 328.779.037,43, para despesas de programas
como a alimentação escolar, por exemplo.
Do Fundo Constitucional o GDF já recebeu, aproximadamente,
R$ 2,9 bilhões de reais.
Então, até novembro, a crise financeira do Governo do
Distrito Federal deve ser compreendida assim: em bilhões de reais.
E deve ser apreciada com belas mentiras.
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