JEFERSON MIOLA// http://www.brasil247.com/
Na sentença proferida no dia 16
de dezembro de 2015, a Juíza Melissa Pinheiro Costa Lage Giovanardi, da 9ª Vara
Criminal de Belo Horizonte, concluiu que "diante de todo o conjunto
probatório que fora exposto, não restam dúvidas de que o acusado EDUARDO BRANDÃO
DE AZEREDO, para disputar a reeleição ao cargo de Governador do Estado de Minas
Gerais, no ano de 1998, criou uma estrutura político-financeira a fim de
legitimar, lavar, os vultuosos recursos que seriam utilizados durante a
campanha. Criou se uma organização criminosa complexa, com divisão de tarefas
aprofundada, de forma metódica e duradoura".
"Foi criado um caixa robusto
para a campanha eleitoral, com arrecadação de fundos de diversas fontes,
inclusive de recursos públicos da COPASA, da COMIG e do BEMGE, aproveitando- se
do uso da máquina pública. Utilizando- se das empresas de publicidade de propriedade
de MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA realizou -se o processo de legitimação do
dinheiro ilícito e sua distribuição aos colaboradores da campanha, recursos
esses que não constaram na prestação de contas apresentada perante a Justiça
Eleitoral pela coligação PSDB -PFL".
O ex-governador tucano foi
condenado a 20 anos e 10 meses pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato,
que corresponde ao uso do cargo público para o desvio de dinheiro público. A
sentença completa pode ser lida na página do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais - http://goo.gl/yOTvgq.
Na sentença, a Juíza salienta que
"Diante de todas as provas acostadas e analisadas, não há outra conclusão
que não seja a de que a autoria restou devidamente comprovada, sendo certo que
o acusado, juntamente com seus pares, planejou e determinou a execução de toda
a empreitada criminosa a fim de desviar dinheiro público das empresas estatais
...".
Esta engrenagem corrupta, que
contaminou o sistema político brasileiro, foi inventada pelos tucanos nos anos
1990, e envolveu personagens e empresas conhecidas posteriormente no chamado
"mensalão", como Marcos Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach,
SMP&B Publicidade Ltda, DNA Publicidade e Banco Rural.
Nos escândalos atuais da
Petrobrás, é instigante que tanto os personagens da era tucana como os
mecanismos de corrupção e propina se repetem hoje.
O PSDB fez de tudo para impedir a
apuração e o julgamento da "organização criminosa complexa" que criou
em Minas Gerais, assim como faz em relação à corrupção que implantou na
Petrobrás no período do governo FHC e como faz em relação aos escândalos que se
sucedem em São Paulo nas duas décadas de governos tucanos naquele estado.
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