Recebi sem nome de autor ou autora*
Peço permissão para postar um artigo sobre o
Presidente Lula, em retórica histórica... Sem uma arenga, sem apelo. Somente um
artigo.
Nunca na história desse país, um ex-presidente foi
tão perseguido, como se governar o país tivesse sido um ato criminoso,
imperdoável.
Nunca, na história desse país, um ex-presidente foi
tão odiado e tratado como nem mesmo bandidos o são nas esferas do poder.
Houve um presidente, Prudente de Moraes, que
ordenou uma ação militar que matou 25 mil brasileiros no Arraial de Canudos,
mas esse presidente, era advogado, doutor, jamais foi tão odiado.
Teve um outro que prometeu no exterior pagar a
dívida externa, criou um plano econômico chamado “funding Loan” (língua da
metrópole, claro) e promoveu um arrocho insuportável aos brasileiros mais
pobres, mas esse, Campos Sales, também era advogado, representante da elite
cafeeira e, claro, nunca foi odiado além de um apelido irritadiço, Campos
Selos.
Depois dele teve mais um advogado, Nilo Peçanha,
que criou um órgão de terror chamado SPI (Serviço de Proteção ao Índio) que
exterminou quem deveria proteger além de roubar suas terras, mas Nilo, oras,
jamais foi odiado por ninguém além dos mortos.
Já seu sucessor, Hermes da Fonseca, perseguiu os
sertanejos do Padre “santo” Cícero Romão Batista, criou uma estrada de ferro às
custas da morte de dezenas de trabalhadores que ligava o nada para lugar
nenhum, mas, era marechal, e ninguém odeia um militar no Brasil.
No nosso país, teve um governador da elite
paulista, Ademar de Barros, cujo slogan era “esse rouba mas faz”, um ministro
da ditadura militar, Ibraim Abi Ackel, famoso no exterior por contrabandear
pedras preciosas nativas para lá, um outro governador da elite paulista, Paulo
Maluf, cuja fortuna em seu nome ele apenas dizia não lhe pertencer, um
presidente eleito pela mídia, Fernando Collor, que pagava até gastos domésticos
com “sobras de campanha”, o outro Fernando que entregou as reservas de Nióbio
de 3,5 triliões e mais outros minerais às multinacionais, mas nunca se percebeu
a existência da corrupção como agora, simplesmente para perseguir pessoas.
*O uso da corrupção como arma política é abjeto na
medida em que quem a usa posa de moralista impoluto, no meio do pântano da
corrupção*
Um dos grandes enigmas da humanidade é entender
esse ódio.
*Por que tanto ódio contra alguém que mesmo depois
de dois mandatos não tem apartamento em Paris, Iate, ou qualquer ato corrupto
comprovado?*
Será que é por que é nordestino? Por que não é
doutor? Ou por que é tão parecido com aqueles que o odeiam e se sentem covardes
diante de sua coragem diante dos poderosos?
*Ironia ainda maior é saber que apenas aqui, na
terra brasilis, esse homem é tão odiado.*
Vejam, por exemplo, a notícia de rodapé do “Estadão
On-line” de 20/01/2017, que com certeza não se ouvirá na mídia que manda no
Brasil:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o
prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), no dia
29 desse mês de janeiro). Esta é a primeira edição da homenagem, criada para
marcar o aniversário de 40 anos do Fórum.
Conforme a organização do evento, o prêmio tem o
objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar
a situação do mundo.
“O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro
compromisso com todas as áreas da sociedade”, disse o fundador e presidente do
Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado.
Segundo ele, esse compromisso tem seguido de mãos
dadas com o objetivo de integrar crescimento econômico e justiça social. “O
presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global. ”
A entrega do prêmio será feita pelo
ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e está prevista para às 11h30 [horário
local; 8h30 de Brasília] do dia 29, quando o presidente brasileiro fará um
discurso. Em seguida, terá início um painel de discussão sobre o Brasil. O
objetivo é debater os atuais condutores do crescimento do País e os desafios à
frente”.
Esse tipo de acontecimento deveria ser aplaudido,
reconhecido e comemorado como um fato histórico de relevância num país tão
carente de reconhecimento internacional, como o nosso. Mas é escondido como se
fosse algo degradante.
Nunca na história desse país, alguém foi tão
invejado e odiado assim.
Que mal fez esse homem para o brasileiro médio,
trabalhador assalariado, despossuído de latifúndios e de interesses
coorporativos?
Esse ódio é de difícil explicação epistemológica,
sociológica, racional.
Sua esposa, Marisa Letícia, ex-primeira dama (a
mídia costuma não citar essa expressão dedicada às esposas dos doutores)
provavelmente desgastada por tanta sordidez, agora padece vítima de um AVC.
A mulher que um dia ganhou a vida fazendo faxina e
combatendo a sujeira, não está mais resistindo à sujeira que não pode ser
extirpada por uma boa faxina... a sujeira moral.
Provavelmente o homem mais odiado do Brasil esteja
para se tornar também, o mais solitário.
Talvez faça bem a esquerda brasileira em geral e o
PT em particular, em se preparar para viver sem a presença física desse *grande
líder agonizante, vítima de um ódio patológico crônico e inexplicável.*
O AVC da mágoa costuma ser mais letal que o AVC
hemorrágico.
*recebi sem o autor*
Se alguém tiver acesso ao original deste texto, favor enviar Link pelo e-mail do blog ou postar nos comentários.
Agradeço.
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