Artigo publicado no Jornal GGN
POR GILBERTO MARINGONI
Peço a vocês que gastem um minuto e 17 segundos para assistirem o vídeo acima. É a praia de Copacabana, há poucos dias.
Trata-se de um bando de marginais e lúmpens, recrutados pela campanha do Boçal.
São a versão tropical dos Freikorps, grupos de vândalos paramilitares, surgidos na Alemanha, a partir dos escombros da I Guerra Mundial, entre 1918-20. Eram militares desempregados e a escória social que brotou da crise pós-Versalhes. Sua especialidade: sair pelas ruas, atacando comunistas, gays, judeus e manifestações populares. Criaram o caldo de cultura no qual floresceu o nazismo.
A possível vitória do Boçal nas eleições não agravará a conjuntura nacional apenas por termos a ultrarreação no poder, com repressão aberta e política econômica liberal e privatista.
A situação botará pilha no guarda da esquina, na brutalização das relações sociais, na intolerância, na grossura e na agressividade que já se vê pelas ruas, adubada pela crise econômica.
Com fascistas não se conversa. Há que tirá-los de cena.
É evidente que a derrota eleitoral não é tudo. Essa gente está empoleirada nos tribunais, em setores dos aparatos de segurança e defesa, na mídia e em vários cantos do aparelho de Estado. Mas evitar que cheguem ao Planalto já é meio caminho andado.
Temos a chance de ouro de suplantá-los nas urnas. Contra a ameaça, toda a soma é necessária. Começa a se formar uma poderosa frente antifascista, que estará nas ruas – dirigida pelas mulheres – no próximo sábado, 29.
Outras manifestações têm aparecido. São manifestos, articulações, coalizões etc. Nessa hora, não dá para se colocar uma catraca numa hipotética portaria da frente, determinando quem pode e quem não pode entrar. Não é hora de purismos.
Isso fica para depois da vitória.
Nonato, onde vamos chegar com todos fascismo por todos os cantos do país. Se não nos unirmos brevemente teremos uma ditadura. Fiquei chocada com a dancinha dos militares.
ResponderExcluirÉ muito preocupante, mas parte considerável da sociedade parece não perceber ou não entender o risco que todos nós corremos.
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