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Publicado por Larissa Bernardes
Os primeiros movimentos pós-vitória do fascismo fazem jus à candidatura da violência.
Militares do Exército desfilam sob aplausos de uma horda de amarelos ávidos por tiros e saudosos de uma ditadura prestes a ser restaurada.
Em Salvador, cidade onde Fernando Haddad teve uma das votações mais expressivas, a PM espanca uma mulher contrária aos bolsonarianos.
Em Fortaleza, jornalistas de O Povo e do sistema Verdes Mares são agredidas física e verbalmente durante cobertura da festa da vitória de Bolsonaro.
Repórter da Folha de São Paulo é cercada hostilizada covardemente em pleno trabalho por seguidores do “mito” quando tem a identidade profissional descoberta.
No Recife, o clima de terror seguiu-se no rastro da extrema-direita.
Um homem dispara de um carro para o alto, um grupo de pessoas se dispersa após ameaça e bandeiras petistas precisam ser recolhidas de varandas.
São reflexo da apologia à violência feita pelo deputado durante toda a trajetória política e reafirmada no discurso tatibitate de ataques à imprensa e à oposição para marcar o resultado das urnas.
Mesmo sob vitória nas eleições e diante da chance de, finalmente, implantar o (ausente) plano de governo, os eleitores partem para a guerra e provam como a candidatura bolsonariana representa, apenas, o extermínio dos inimigos.
Nas TVs, no entanto, os ataques políticos são eclipsados pelo tom festivo e bajulador da imprensa – na mesma toada da cobertura das passeatas pró-impeachment, quando sinais de ode à tortura eram ignorados pela mídia hegemônica e de direita.
O eleitor de Bolsonaro assinou embaixo dessa barbárie e, agora, é corresponsável por cada gota de sangue derramada em nome desse fiasco fardado.
O Brasil, acima de tudo, não esquecerá.
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