quarta-feira, 3 de abril de 2019

Acordo de Alcântara visa combater ambições espaciais da China, diz instituto conservador dos EUA

Bolsonaro e Trump (Foto: Divulgação/PR)

Por Redação

Em artigo, diretor do Hudson Institute, que agrega conservadores estadunidenses, fala em "nova Guerra Fria", desta vez com a China

A Coluna de Nelson de Sá na Folha de S. Paulo repercute, nesta quarta-feira (03), reportagem publicada pelo site de tecnologia The Verge, que aponta dificuldades para a viabilização econômica da exploração pelos Estados Unidos da Base Espacial de Alcântara, no Maranhão. Criando ainda mais especulações em torno das motivações do acordo preliminar assinado entre Jair Bolsonaro e Donald Trump no mês passado, artigo do diretor do Hudson Institute – instituição que defende o conservadorismo nos EUA -, Sean Kelly, para o The Hill sugere que a autorização para o lançamento de mísseis, foguetes e satélites norte-americanos a partir do território brasileiro pode ser um instrumento para combater as ambições espaciais da China.

O articulista fala, até mesmo, em uma suposta nova Guerra Fria (marcada, entre ouros aspectos, pela corrida espacial entre EUA e a antiga União Soviética), polarizada entre chineses e estadunidenses, na qual a América Latina desponta como “região de batalha” para a competição por supremacias comercial e ideológica.

Sean Kelly fala que, historicamente, antes da assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), as tratativas entre Brasil e Estados Unidos eram dificultadas justamente pela colaboração do primeiro com a China, com a qual coordena satélites de observação.

Já sobre a viabilidade econômica da Base de Alcântara, o The Verge pontua que, a despeito da invejável localização – extremamente próxima do Equador, favorecendo o lançamento de foguetes, mísseis e satélites, a necessidade de grandes investimentos de infraestrutura deve dificultar a atração de empresas espaciais norte-americanas, como a SpaceX e a Blue Origin.

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