quarta-feira, 31 de julho de 2019

Mino Pedrosa sustenta que Carlos Bolsonaro usa “arma quase letal”: Pegasus

             Reprodução Wikipedia

Guerra cibernética, Pegasus: a arma quase letal do Zero Dois, Carlos Bolsonaro


A reunião reservada no alto comando do Exército Brasileiro na manhã do dia 07 de junho de 2019, com seis generais da ativa e o ministro Santos Cruz, revelou a arma usada por Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que culminou com a queda de dois ministros e caminha para o terceiro.

NSO Group – Cyber Inteligence for Global Security, é a empresa mãe israelita que gerou o software usado pelo “02” de Bolsonaro.

Pegasus é o nome da ferramenta utilizada na invasão de computadores e celulares para retirar conteúdo.

Na reunião foi feita uma apresentação do software concorrente ao usado por Carlos Bolsonaro no combate aos seus desafetos, demostrando que a tecnologia foi aprimorada e realmente, segundo a explanação, garante não ser possível a identificação do invasor.

Durante a reunião os generais ficaram perplexos quando o apresentador pediu apenas o número de um celular dos presentes para testar a capacidade da ferramenta.

O resultado foi assustador e provocou algumas indagações pelo general Santos Cruz, ainda Ministro Chefe da Secretaria de Governo: “esse software é capaz de invadir celulares e computadores sem realmente deixar rastros?”

Respondeu o apresentador: “sim. E só existe dois no mundo, os dois são israelenses, sendo que o Pegasus deixa traço capaz de ser identificada a invasão. E mais! Peguem o aparelho do número testado e façam qualquer perícia em qualquer parte do mundo que o resultado será nulo para identificação da violação”.

A invasão do celular testado durou 13 minutos e o resultado foi devastador.

Na resma reunião foi comentado que o software Pegasus foi utilizado em 44 países e atualmente ainda é utilizado no Brasil.

Na tensa reunião ficou claro o motivo real pelo qual Carlos Bolsonaro fez várias investidas para que o governo brasileiro adquirisse o software tão poderoso. Mas, sua intenção é montar um aparato paralelo a ABIN.

Ao enfrentar [Gustavo] Bebiano, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Carlos Bolsonaro se abasteceu de “informações” onde Bebiano vazava para a imprensa assuntos privados do presidente Jair Bolsonaro.

O embate culminou com a queda do então ministro.

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do filho e acusou o ministro de ter vazado para o site O Antagonista, informações privilegiadas.

Na saída, Bebiano indignado respondeu sua exoneração com ameaças.

Porém, após conversar com o presidente, desistiu.

Ficando em silêncio e reconhecendo o potencial de Carlos.

De acordo com um relatório, o Pegasus foi criado como uma ferramenta legítima de investigação criminal para uso governamental com a finalidade de combater o terrorismo e o crime, permitindo que seu operador pudesse acessar a uma enorme quantidade de dados da “vítima”, como: mensagens de texto, informações de calendário, mensagens de WhatsApp, localização, microfone e câmera do dispositivo – tudo sem que a vítima pudesse perceber.

O spyware desenvolvido pela empresa israelita NSO Group, foi notícia em 2017, quando o jornal New York Times divulgou informações sobre uma investigação produzida pelo laboratório Citizen Lab, que destacou o uso da ferramenta no México para espionar jornalistas, assim como defensores dos direitos humanos e ativistas anticorrupção no âmbito de uma campanha de espionagem realizada pelo governo desde 2011.

Em setembro de 2018, o Pegasus voltou a ganhar destaque.

Após a reunião os generais sentiram um clima perigoso em torno do general Heleno que convidado para participar da reunião, não compareceu, pois, atendia a agenda do presidente Jair Bolsonaro.

O ministro Santos Cruz, não revelou ao presidente que teve acesso ao software poderoso e que ainda é mantido em sigilo.

Sete dias após, na sexta-feira seguinte, Santos Cruz teve a sua exoneração publicada no Diário Oficial.

Ali estava claramente demostrando o poder de Carlos Bolsonaro aos considerados adversários.

Na caserna, militares de alta patente comentam que o 02 tem um núcleo de inteligência paralelo à Agência Brasileira de Inteligência Nacional (ABIN).

A queda de Santos Cruz foi mais um troféu levantado por Carlos Bolsonaro que agora escolheu o general Augusto Heleno Ribeiro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e comandante da ABIN, como alvo por também criar dificuldades na implantação da ferramenta que ele acredita ter ajudado a eleger seu pai.

Com a vitória do genitor na eleição para presidente, o 02 como é chamado por Bolsonaro pretendia assumir o cargo de Ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, porém, enfrentou a resistência dos militares que evitavam o desgaste do novo governo.

A partir daí o 02 que sonhava ser o comandante da área de inteligência da presidência da república e colocar em prática o aparato tecnológico de que dispunha, vem mostrando sua força.

O concorrente do Pegasus está sendo guardado a sete chaves para contrapor Carlos Bolsonaro no momento exato em que a artilharia for virada contra o general, conselheiro do presidente e querido das Forças Armadas.

Paralelo a isso o Ministro da Justiça, Sérgio Moro e os procuradores da Força Tarefa da Operação Lava Jato, vítimas de invasão em seus telefones e computadores tentam desqualificar as notícias publicadas no site The Intercept.

No entanto, já possuem convicção de que realmente houve uma invasão profissional em seus telefones e computadores.

“A invasão não foi de hacker, meninos desocupados, mas, de profissionais”, revela Moro para os parlamentares no Congresso.

Já nessa segunda-feira (08), o Ministro Sérgio Moro pediu licença de cinco dias para tratar de assuntos pessoais.

Por outro lado, os militares e diretores, da ABIN tem fortes suspeitas da ação de “fogo amigo”, contra Moro e os procuradores.

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