domingo, 31 de maio de 2020

A macha das tochas não é de Sara Winter, é de Bolsonaro, o aprendiz de Hitler. Por Joaquim de Carvalho

Os 300 de Sara Winter fazem protesto chupado dos neonazistas de Charlottesville

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O ato fascista de ontem à noite em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) não é de Sara Winter, dos 300, dos evangélicos fundamentalistas. É de Jair Bolsonaro.

Os manifestantes são apenas fantoches do presidente que jurou obedecer a Constituição, mas o que faz o tempo todo é atacar os dois outros poderes.

Não estivesse a serviço do projeto autoritário do presidente, Sara Winter continuaria semi-desconhecida ou semi-celebridade, talvez tentando uma vaga no próximo Big Brother Brasil.
Em 2013, ela tentou, seminua, mas foi rejeitada. Em 2018, buscou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro, mas o eleitor a rejeitou.

Daniel Ativista, seu parceiro nos 300, é outro que não teria peso algum se não estivesse conectado a Bolsonaro. Suas ações, pelo pouco número de pessoas que reúne, são patéticas.

Mas ganham relevância quando Jair Bolsonaro desce a rampa do Palácio do Planalto — símbolo do poder republicano — e vai se encontrar com apoiadores como ele.

Neste domingo, se seguido o roteiro dos anteriores, mais uma vez Bolsonaro os cumprimentará na frente do Palácio, como a agradecer pelos ataques criminosos ao Poder Judiciário, desta vez com a marcha das tochas.


A referência desta aos protestos racistas nos Estados Unidos é óbvia. Também remete à Fackelzug de 1933 na Alemanha, três dias depois de Hitler assumir o governo.

Aquilo sim foi uma demonstração gigantesca de poder, como se constata no vídeo abaixo.

Mas, em comum, há apenas o que o narrador descreve, em alemão, como uma manifestação de pessoas “semianalfabetas, obtusas e presunçosas que fariam qualquer coisa para converter o homem num bruto maquiado”.

Qual o objetivo dessa marcha com tochas?, indaga o narrador. E ele mesmo responde:

“O principal sentido dessas marchas com tochas é que permitiam transformar as pessoas em brutos, animais. Mas isto era feito cerimoniosamente. Assim, ao tornar-se brutas, se sentiam um pouco heróis. E pronto para qualquer tipo de brutalidade, o que era muito útil ao III Reich. Necessárias, acima de tudo, para enfrentar tudo o que se opunha ao nazismo, tudo o que bloqueasse seu caminho.”

Substituam-se III Reich por anti-globalismo e nazismo por bolsonarismo, e temos o Brasil de hoje, com a diferença de que as manifestações por aqui são patéticas.

Bruto maquiado… a definição adequada de Sara e de Daniel Ativista.

Ontem, quando uma equipe de TV se aproximou para entrevistá-los, a líder dos 300 tinha duas preocupações: saber de que emissora era e também para que seus seus colegas de marcha tomassem cuidado para não queimar o cabelo dela — “demorou muito para crescer”.

Ao saber que a equipe era da RedeTV!, disse:

— Tudo bem, a RedeTV! é nossa.

Ela sabe bem que, com dinheiro público, Bolsonaro e seu homem da propaganda, Fábio Wajgarten, compraram a emissora para os bolsonaristas semearem o ódio como se estivessem exercendo a liberdade de expressão.

Não há prova maior de que o protesto de ontem é de Jair Bolsonaro.

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